Um X vermelho na mão, desenhado com caneta ou batom. É com esse simples símbolo que as mulheres vítimas de violência doméstica podem pedir ajuda, de forma discreta. Essa iniciativa faz parte do Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho, instituída por decreto e saiu no Diário Oficial do Distrito Federal na primeira semana de janeiro de 2021.
Todo o comércio do Distrito Federal já está ciente da existência dessa iniciativa. Se uma mulher chegar a uma farmácia, loja, mercado, condomínio, hotel ou outro estabelecimento, e mostrar um X vermelho na palma de sua mão, os comerciantes saberão o que significa e irão ligar para a polícia, sem fazer alarde.
Infelizmente, a mulher que é vítima de violência doméstica sofre calada, pois na maioria das vezes corre risco de morte caso o agressor perceba que ela está pedindo socorro. Por isso é tão importante que esse sinal seja uma forma discreta e sigilosa de pedir ajuda.
Como funciona?
A ideia é que todo o país pratique essa iniciativa, que está sendo colocada em prática pelas Secretarias da Mulher, de Segurança Pública e Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher. Esses órgãos orientam aos comerciantes sobre como devem proceder quando uma mulher pede socorro.
Ela deve ser acolhida no local onde pediu ajuda, deve ser feito contato com a polícia de forma discreta e aguardar para que a ajuda chegue. É ainda mais importante manter a discrição quando a mulher estiver acompanhada de um homem, pois ele poderá ser o agressor, e não deverá desconfiar de nada.
Se não for possível acolher a mulher no momento, é importante anotar seus dados pessoais para passa à polícia quando fizer a ligação, que pode ser para o 190 (Emergência – Polícia Militar), 197 (Denúncia – Polícia Civil) ou 180 (Central de Atendimento à Mulher).
A equipe policial deverá levar a vítima até a delegacia para fazer um boletim de ocorrência, e se for necessário, levá-la a uma unidade de saúde para receber atendimento médico ou a um centro de atendimento especializado.
Muitas vezes a mulher não pode mais voltar para casa, e por isso precisa ser encaminhada a um Centro Especializado de Atendimento a Mulher (Ceam), à Secretaria da Mulher ou a um abrigo com essa finalidade para que ela tenha acesso aos serviços de assistência social, psicológica e orientação jurídica.
Como participar?
Os comércios e instituições que tenham interesse em aderir a essa iniciativa devem procurar a Secretaria da Mulher da sua cidade para pedir o material de capacitação e um selo de identificação que será colado no estabelecimento, em local visível, permitindo que a vítima saiba onde pode receber ajuda.