O que leva uma pessoa a pensar em tirar a própria vida? Para essa mulher, foram 20 anos de violência psicológica e física, culminando na perda da própria razão. Felizmente, ela foi resgatada e está em tratamento, com todo o apoio necessário. Conheça sua história e assista aos vídeos do resgate até a ida para o hospital.
Gaitan estava sendo procurada pela família há quase dois anos, pois tinha simplesmente desaparecido. Mãe de dois filhos, aos 46 anos ela fala sobre as agressões que vivia, sendo espancada violentamente, até mesmo nas gestações.
Ela nunca deixou o marido, pois temia por seus filhos. Hoje adultos, seus filhos estavam procurando por ela, que fugiu de casa em 2018, depois que o marido tentou matá-la.
Chegou sim a falar com a polícia, várias vezes, mas o marido era solto no dia seguinte e as coisas ficavam ainda piores. Ela também era feita prisioneira, ficando trancada em casa, sob a guarda do seu carrasco.
Viveu nas ruas por algum tempo, sendo acolhida por uma casa de apoio a mulheres. Porém, ela não conseguia se relacionar bem, tendo pensamentos suicidas muitas vezes. Foi então que ela teve que deixar o local, indo direto para a praia. Lá, ela pretendia tirar sua vida, mas quando estava em alto mar percebeu o que estava fazendo e começou a lutar para sobreviver.
Depois de 8 horas tentando nadar, com muito frio, fome e sede, uma embarcação passou ao seu lado e a resgatou. Os pescadores não acreditaram no que viram e a puxaram para fora da água. Nesse momento, sua única reação foi chorar copiosamente. Veja no vídeo:
Em seguida, ela foi levada à terra firme, porém estava em estado de choque, sem conseguir falar o próprio nome ou ao menos beber água.
Os pescadores e banhistas chamaram ajuda médica, mas passada mais de meia hora, ninguém apareceu. Foi então que decidiram levá-la em um carro particular para o hospital, momento exato em que a polícia apareceu. Eles foram escoltando o carro que levava Gaitan, abrindo passagem para o hospital.
Ela agora está em contato com sua família de Bogotá (Colômbia) e vai ser cuidada por ela, finalmente. Gaitan disse que renasceu e que “se tivesse uma oportunidade ou uma ajuda, não teria tomado aquela decisão“.
Se você está se sentindo assim ou conhece alguém que precise de um ombro amigo para conversar, fale com o Centro de Valorização da Vida (ligue 188 ou clique para acessar https://www.cvv.org.br/). Também pode contar com o apoio da Central de Atendimento à Mulher (ligue 180 ou clique para acessar https://www.gov.br/pt-br/servicos/denunciar-e-buscar-ajuda-a-vitimas-de-violencia-contra-mulheres). Você não está sozinha!