O momento do parto pode ser só mais um entre tantos para alguns médicos e enfermeiros. Mas, para as mães, é sempre um momento único, uma explosão de emoções. E isso merece respeito e cuidado. Do contrário, pode ser considerado violência obstétrica, e a mulher deve denunciar.
O que é violência obstétrica? Como identificar?
É quando a mulher sofre algum tipo de abuso por parte dos profissionais de saúde e do sistema como um todo, seja durante a gestação, a hora do parto ou no pós-parto.
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Esses abusos podem ser violência física, psicológica, um procedimento não autorizado, a não informação de qualquer coisa que precise ser feita durante o parto ou pós-parto. É quando ocorre uma experiência traumática para a mãe e o bebê.
- Abusos físico, sexual ou verbal;
- Discriminação por idade, raça, classe social ou condições médicas;
- Más condições do sistema de saúde, como falta de recursos;
- Recusa na oferta de tratamentos à gestante ou ao bebê;
- Não informar a paciente sobre procedimentos ou desrespeitar a decisão da mesma.
A denúncia é importante
Sabendo tudo o que se encaixa na violência obstétrica, a mulher ou seus familiares devem fazer a denúncia. Os profissionais ou a instituição que cometeu a situação deve responder por esse erro e, assim, evitar que volte a acontecer.
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A denúncia pode ser feita no hospital ou serviço de saúde em que a paciente foi atendida. Também na secretaria de saúde responsável pelo estabelecimento (municipal, estadual ou distrital) e nos conselhos de classe — Conselho Regional de Medicina (CRM) para médicos ou Conselho Regional de Enfermagem (COREN) para enfermeiros ou técnicos de enfermagem, por exemplo.
Para atendimento telefônico, ligue para o 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou no 136 (Disque Saúde).
Importante saber
Após recomendação do Ministério Público Federal, o Ministério da Saúde (MS) reconheceu, através de um ofício enviado em junho de 2019, o direito legítimo de as mulheres usarem o termo “violência obstétrica” para retratar maus tratos, desrespeito e abusos no momento do parto.
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Artigo com informações de O Globo Saúde