O Alzheimer é uma doença que ainda está em descoberta, tanto pela medicina quanto pelas pessoas que cuidam dos pacientes e observam seu comportamento.
Por isso, infelizmente ainda não tem cura e nem todo mundo está apto a conviver com um paciente nessa condição, já que ele necessita de cuidado integral, pois vai gradualmente perdendo suas capacidades motoras e cognitivas.
Pensando nas famílias e nos portadores de Alzheimer que precisam de atenção permanente, o governo da França criou a Village Landais Alzheimer, localizada em Dax, no sudoeste do país.
O espaço acolhe 120 residentes, sendo 10 com menos de 60 anos, acompanhados por 120 funcionários e 120 voluntários, incluindo médicos, enfermeiros, assistentes gerontológicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e psicomotores, animadores, pessoal administrativo e serviços gerais.
A vila foi toda projetada para receber os pacientes e também a visita dos familiares, oferecendo uma infraestrutura completa para essas pessoas que necessitam de atenção, cuidado, empatia e muita paciência por parte dos cuidadores.
Diferente das casas de repouso comuns, esse espaço foi projetado para oferecer segurança à pessoa com Alzheimer, que está constantemente sendo cuidada, mas sem perder sua autonomia.
Os diferenciais vão além, pois a ideia é não tratar o paciente como um doente, mas sim, como uma pessoa que está vivendo uma fase especial da vida. Todo o pessoal que trabalha e é voluntário na vila, deve ter um estado de espírito, uma cultura de apoio, principalmente através da atenção à medida das restantes capacidades do paciente para não colocá-lo em situação de fracasso. Por isso, eles oferecem:
- Arquitetura benevolente
- Remoção de símbolos médicos (sem jaleco branco, etc.)
- Personalização de suporte
- Respeito pelos gostos e ritmos da vida
- Mantendo laços estreitos com entes queridos
- Integração no tecido urbano e na vida da cidade
“Nesta Vila, as pessoas com demência levarão uma vida ativa. Eles encontrarão uma forma de integridade social, humana. Eles vão fazer as compras, vão ao cabeleireiro, ao bistrô, ao restaurante, ao teatro. Eles vão se divertir. O que constitui uma forma extraordinária de terapia”, diz Jean-François Dartigues, Professor do Hospital Universitário de Bordéus.
Crédito das imagens: https://villagealzheimer.landes.fr/