Rogério Lopes, de 46 anos, é o pai de Arthur, um menino autista de 11 anos. Eles estavam indo levar o garoto na casa da avó, que fica na mesma rua da casa deles.
“A avó foi pegar a chave para abrir o portão, e, por questão de segundos, o Arthur sumiu. Acharam que ele estava dentro da casa, mas todos se desesperaram quando não o encontraram e perceberam que ele havia fugido”, contou Rosângela Lopes, de 52 anos, mãe de Arthur.
Foi então que um verdadeiro milagre aconteceu. Quem viu a situação foi o vendedor de brigadeiros Carlos Henrique Salles, de 36 anos, que largou seus doces e pertences para correr atrás do ônibus em que o garoto havia entrado sozinho.
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Os avós de Arthur ficaram apavorados com o sumiço do menino, e saíram chorando atrás dele pela rua. Quando passaram perto do ponto de ônibus, eles viram o vendedor Carlos Henrique e perguntaram se ele tinha visto um menino sozinho.
Para a sorte da família, Carlos disse que tinha acabado de ver o garoto embarcar no ônibus que iria de Santos com destino a Serra do Mar, em Cubatão, São Paulo.
Carlos é professor de Educação Física e vende brigadeiros no local há cerca de um ano. Neste dia, ele deixou as vendas de lado e correu para salvar Arthur, vendo o desespero dos avós do garoto.
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“Decidi largar tudo e correr atrás do ônibus que já estava a uns 600 metros distante. O veículo foi se distanciando e eu comecei a gritar. Alcancei o ônibus em uma distância de 800 metros, e informei ao motorista que havia uma criança sozinha lá dentro”, explicou.
Ao perguntar para o menino por qual motivo ela havia fugido, Arthur respondeu que ia passear. “É uma inocência. Ele não tem a menor noção do perigo”, disse Rosângela.
“Passam mil coisas na cabeça da gente. E se o Henrique não tivesse visto o Arthur entrar no ônibus? Se não tivesse alcançado aquele ônibus?”, indagou a mãe.
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Depois do susto pela (quase) perda do menino autista que só queria passear, a família é grata pela ajuda de Carlos Henrique, que fez tudo o que pôde para resgatar o Arthur.
“Nada vai pagar o gesto de amor que ele teve com o meu filho. Foi uma atitude tão linda. Espero que Deus o abençoe com as melhores coisas da vida. Tenho certeza que anjos existem”, disse a mãe do garoto, Rosângela.
Carlos relatou que mesmo sem conhecer a família decidiu ajudar por se colocar no lugar deles. “Ter ajudado a família é um sentimento ímpar, pois tenho três filhos e sei o quanto é doloroso ver os nossos pequenos em apuros”, concluiu.
Fonte: Rádio Baixada Santista