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Vacina para vício em drogas é criada no Brasil

Uma ótima notícia para ajudar tantas pessoas que querem sair das drogas, mas o vício as impede.

Imagem: Freepik

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De acordo com o mais completo levantamento sobre drogas já realizado no Brasil, em 2018, 3,2% dos brasileiros usaram substâncias ilícitas, o que equivale a 4,9 milhões de pessoas. É por isso que a vacina para vício em drogas, criada por brasileiros, é uma boa notícia.

Mais do que boa notícia, a vacina foi finalista do Prêmio Euro Inovação na Saúde, o que é uma validação da sua eficácia para o que se propõe.

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O projeto da vacina para vício em drogas como cocaína e crack foi desenvolvido na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e já concluiu etapas pré-clínicas que apontaram segurança e eficácia para o tratamento.

Equipe que trabalha no desenvolvimento da vacina. Foto: reprodução Frederico Garcia (UFMG)

“Esse é um problema prevalente, vulnerabilizante e sem tratamento específico. Os nossos estudos pré-clínicos comprovam a segurança e eficácia da vacina nesta aplicação”, disse Frederico Garcia, professor do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina e pesquisador responsável pelo projeto.

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A forma como essa nova vacina para vício em drogas funciona é induzindo o sistema imune a produzir anticorpos que se ligam à droga na corrente sanguínea.

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Com essa ligação é possível transformar a droga em uma molécula grande e impedi-la de passar pela barreira encefálica.

A ideia é que a vacina seja usada em pessoas que estão em tratamento contra a dependência, para evitar recaídas.

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“Demonstramos a redução dos efeitos, o que sugere eficácia no tratamento da dependência”, explicou Frederico.

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Além disso, os pesquisadores fizeram testes em ratas de laboratório que estavam grávidas para saber se a vacina poderia reduzir os riscos que as drogas oferecem aos fetos, e o resultado foi positivo.

“A vacina impediu a ação da droga sobre a placenta e o feto. Observamos menos complicações obstétricas, maior número e peso de filhotes do que as não vacinadas”, comentou o professor.

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A vacina ainda não foi testada em humanos, e os pesquisadores buscam recursos para começar esse teste.

“Até então, esse projeto foi inteiramente desenvolvido com recursos governamentais. Para restaurar a liberdade das pessoas com dependência e prevenir consequências fetais, precisamos dar início nos estudos com humanos”, explicou Frederico.

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Uma das formas de contribuir para que os pesquisadores encontrem investidores para a próxima fase dos estudos é divulgando que essa vacina para vício em drogas está concorrendo ao Prêmio Euro de Inovação na Saúde, que é uma competição que reconhece grandes inovações da área médica.

Para votar é necessário ser médico com registro ativo na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru, Equador, México, Colômbia, Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Panamá, Costa Rica, Honduras ou República Dominicana.

A votação é pelo site do premioeuro.com

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