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Um dia depois de se casar sozinha, influencer comete suicídio

Depois de ser abandonada no altar, ela seguiu com o plano do casamento, mas as críticas a derrubaram

Crédito: Instagram @SejjeSincera

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A internet é, sem dúvidas, um campo minado, essa influencer que o diga. Ela sofria com depressão há tempos, fazendo tratamento e falando sobre a doença nas redes sociais. Para ela, era bom tirar a ideia romântica a doença. Ela se mostrava em seus melhores e piores momentos.

E um desses piores momentos foi, infelizmente, o seu último. Ela estava sofrendo com a ansiedade dos últimos dias antes da sonhada e planejada festa de casamento. Em seu perfil, é possível ver que ela compartilhava momentos difíceis e dicas de como melhorar. Uma amiga contou que ela tomou muitos remédios na semana e teve que ir ao hospital, fazer lavagem, para continuar viva.

Mas ela não desistia da vida. Em uma das suas postagens anteriores, ela fez uma montagem com duas fotos, uma padrão “blogueirinha” e outra natural. Na primeira, ela disse que estava arrumada, maquiada e linda – no padrão. Mas tinha acabado de gritar com o namorado que estavam atrasados para sair. Na segunda, ela estava sem maquiagem, de pantufas e feliz.

Tentou assim mostrar para as pessoas que a acompanham que não caiam nas armadilhas das redes sociais. Elas estão cheias de pessoas perfeitinhas com vida perfeita (tudo escolhido e editado).

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Em meio a todo esse caos, tensão, ansiedade crônica e uma depressão, Alline Araújo, com apenas 24 anos, recebeu uma notícia desastrosa. Seu noivo não apareceria no casamento, estava desistindo no dia anterior à festa. E quer saber o pior? Ele avisou por mensagem, via WhatsApp.

Casou sozinha e depois morreu

O que você acha que aconteceu? Ela conseguiu processar e, mesmo sofrendo, foi à festa e fez o casamento sologâmico. Casou-se consigo, como um ato de amor próprio, de superação e força. Recebeu o apoio dos amigos e da família, celebrando, assim, seu renascimento. Não foi fácil, mas ela fez esse pacto de se amar para o resto da vida, mesmo com o coração partido.

Para uma pessoa que sofre com a depressão ou não, essa foi uma atitude corajosa, de cura. Prometer a se amar, independente dos defeitos, das limitações. Se amar acima de tudo, pelo resto de sua vida. E o melhor, com o apoio dos amigos verdadeiros, que seguraram suas mãos nessa caminhada especial.

Foi uma noite única, de dor e de redenção. Momentos intensos, com declarações amorosas, como a da amiga, que aparece em sua publicação no Instagram, desejando felicidade, muito mais conquistas e afirmando ter orgulho de tudo o que ela construiu. Foi, sem dúvidas, uma noite memorável. Emocionada, ela decidiu compartilhar com seus seguidores, na rede social.

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Superar a dor do abandono na véspera do casamento é muito difícil, independente da depressão. Agora, imagine a força para transformar isso em atitude e prometer se amar.

Alline conseguiu, mas o que aconteceu depois, foi demais para ela. Cada um descobre a forma de lidar com a doença, porém o baque foi muito forte para a influencer. Assim que postou, ela começou a receber muitos comentários positivos, porém os negativos acabaram pesando. Pessoas sem noção ou discernimento, com ódio gratuito, começaram a dizer que ela queria chamar a atenção.

Biscoiteira é o nome moderno para isso. E em uma postagem, sua última, Alline desabafa, dizendo que os haters (aqueles que odeiam) a estão chamando de biscoiteira, que está tentando chamar a atenção e fazer sucesso com o caso. Ela diz que esses foram os piores momentos da vida dela, principalmente os comentários maldosos. Chama os haters de ridículos e diz que aquela era a última vez que se pronunciaria sobre o caso.

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E realmente foi. No dia seguinte ao seu casamento, ela caiu do 9º andar do prédio, vindo a óbito. Entre os comentários, um foi bem marcante e merece ser compartilhado. “O nível de crueldade foi sem medida. (…) Uma pessoa que tem depressão severa fazer o que ela fez foi LINDO. Foi um ato de amor-próprio. Infelizmente não souberam reconhecer isso e decidiram dar ‘opiniões’. Ódio não é opinião. Ódio mata”.

Faltou sororidade, humanidade, respeito. Se uma pessoa está sofrendo, não se deve atirar mais pedras, e sim incentivar os passos em direção à cura. As pessoas devem procurar pensar mais antes de escrever, lembrando de algo básico da educação: faça ao próximo somente aquilo que gostaria que fizessem com você. Mais amor, por favor.

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