tristeza nas crianças
Crédito: Freepik

Como identificar a tristeza em crianças e ajudá-las a lidar com o sentimento

A tristeza é um sentimento necessário que não deve ser oprimido nem ignorado

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Muitos adultos têm problemas de ordem emocional porque não tiveram o suporte adequado para lidarem com seus sentimentos na infância. Se isso aconteceu com você, não precisa deixar que aconteça com seu filho. Os sentimentos bons e ruins fazem parte da formação do ser humano, e não devem ser oprimidos nem ignorados.

Entender que faz parte

Os pais gostam de ver seus filhos vibrantes e alegres. Mas, sabem que existem momentos de tristeza, raiva e medo também. Todos os sentimentos são importantes, e os pais não devem se sentir culpados quando os filhos não estão emocionalmente bem. Ao se sentirem culpados, os pais transferem esse sentimento de culpa para os filhos, que passam a achar que não podem chorar ou esbravejar quando sentem necessidade.

Identificar a causa do problema

Sabendo que o sentimento de tristeza é normal, também é importante ter consciência de que ele é um aviso. Não é por ser normal que deve ser comum. Quando a criança aparenta estar triste, ou fala que está triste, preste atenção no que ela tem a dizer ou a demonstrar por meio de atitudes e da linguagem corporal.

Por exemplo, a criança pode estar triste, mas só saber demonstrar a tristeza por meio de palavras ou atitudes de raiva e irritação. A tristeza está camuflada na fúria, que é mais fácil de expressar. Então, não cale a criança. Dê atenção, amor, converse e ouça.

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Estar presente

Seja qual for o motivo da tristeza da criança, a principal fonte de ajuda para solucionar a causa é estar presente. Toda criança precisa de ajuda para aprender a lidar com seus sentimentos e compreender o mundo ao seu redor.

Ao perceber que a criança está demonstrando tristeza, desânimo ou raiva, é importante chegar junto e perguntar o que aconteceu, dizer que você está ali para ela, sem julgá-la. Ela precisa sentir que pode confiar em você, e para isso, precisa perceber que você está dando atenção de verdade a ela, não só por alguns minutos enquanto faz outra coisa ao mesmo tempo.

Prestar atenção em todas as formas de expressão

É normal que as crianças não consigam expressar em palavras o que estão sentindo. Afinal de contas, elas não têm experiência de vida o suficiente para isso.

Então, a partir do momento em que você fizer o passo anterior, mostrando-se disposto a ajudar sempre que a criança precisar, precisará se manter atento ao comportamento dela e aos sinais que ela envia querendo se comunicar.

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Quando a criança se sentir pronta, ela vai falar o que sente, ou vai desenhar, escrever, demonstrar de alguma forma. Esteja de olho, pergunte o que ela desenhou, o que aquilo quer dizer.

Falar abertamente sobre os sentimentos

Por fim, a criança precisa entender o que são os sentimentos e quando cada um deles acontece. Ela precisa enxergá-los com naturalidade, sabendo que não precisa evitá-los, mas sim, saber o que fazer quando sente cada coisa.

Então, é essencial ter o hábito de falar abertamente sobre os sentimentos em casa, não só diretamente com a criança, mas com outras pessoas para que ela possa ouvir e aprender.

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Os pais podem comprar livros didáticos que abordam esse tema, podem comprar outros materiais que tragam os sentimentos na forma de desenhos animados, histórias em quadrinhos e desenhos para colorir.

Tristeza não necessariamente é depressão

Ao ver o filho abatido e cabisbaixo, muitos pais ficam com medo da depressão, que é bem diferente da tristeza. Para quem não está bem familiarizado com a doença depressão, pode ser difícil entender a diferença.

Se perceber que a criança fica triste, sem motivo aparente, por vários dias, o ideal é conversar com um psicólogo infantil para ter certeza do que está acontecendo. Pode ser que ainda faltem abordagens adequadas para ajudar a criança lidar com algo que a esteja incomodando, e não necessariamente que seja depressão.

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Mas, caso tenha o risco de ser mesmo depressão, o psicólogo poderá ajudar a lidar com a doença precocemente, iniciando o tratamento imediato e evitando que a criança seja fortemente impactada.

Não ignore os sentimentos das crianças. Todas as atitudes delas querem dizer alguma coisa, e você é a pessoa responsável por compreender, traduzir e ajudá-las a desenvolver a inteligência emocional.

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