Os cabelos são vistos como a moldura do rosto, recebendo atenção, cuidados especiais, cortes e penteados bem pensados, tanto por homens quanto mulheres. Mas você sabia que existem pessoas que são absolutamente obcecadas por cabelos e pelos? É o caso de quem sofre com tricotilomania.
Essa é uma doença até que relativamente comum, porém seus casos graves são mais raros. Normalmente é associada a episódios de estresse ou ansiedade, mas podem acompanhar a pessoa desde a infância. Entenda melhor a doença e como tratá-la adequadamente.
O que é?
A principal característica desse comportamento é o impulso incontrolável e repetitivo de arrancar fios ou tufos de cabelos do couro cabeludo, sobrancelhas e cílios ou de qualquer outra região do corpo, só que com menos frequência. Consequentemente, aparecem falhas e até grandes áreas sem pelos ou cabelos.
Não deixa de ser uma forma de automutilação e deve ser tratada, estando normalmente relacionada à ansiedade, estresse, medo, traumas e afins. A orientação de um profissional é fundamental para a recuperação, como qualquer outro transtorno relacionado, não sendo culpa da pessoa, apenas uma situação a ser tratada.
Ela acontece quando se está em uma situação estressante ou fazendo atividades automáticas, como assistir televisão, mexer no celular, assistir aula ou até dirigindo o carro. Depois de arrancar o fio escolhido, a pessoa acaba mexendo com ele entre os dedos ou colocando na boca, sendo que alguns chegam a engolir o fio, sendo nesse caso chamado de tricofagia.
A mania de arrancar cabelo tem cura?
Sim, tem cura, sendo necessário, primeiro de tudo, ter consciência da doença. Muitas pessoas passam décadas mordiscando os cabelos, sem saber que isso se trata de uma doença. Dessa forma, é importante que a família perceba o que está acontecendo, pois muitas vezes a pessoa não consegue se dar conta. Seus principais sintomas são:
- Início de falhas no cabelo, sobrancelhas e áreas do corpo;
- Calvície localizada em um ponto;
- Outros hábitos como roer unhas, morder os lábios, espremer cravinhos e similares;
- Lesões infectadas em regiões sem pelo;
- Puxar cabelo de outras pessoas, animais de estimação, brinquedos ou tecidos.
O apoio da família é fundamental, assim como o tratamento da causa da mania, seja ela ansiedade, estresse ou talvez até a falta de algum nutriente. Por isso, é importante que seja realizado um acompanhamento médico e psicológico, bem como o apoio de todos os envolvidos.
Tratamentos
O tratamento da tricotilomania é complexo e exige uma equipe multidisciplinar para acompanhar o paciente. Serão necessárias visitas a um clínico geral, para saber se há a necessidade de repor algum nutriente especial. Também um psicólogo, geralmente na área cognitiva comportamental, e um psiquiatra também podem ser necessários.
Podem ser indicados, a depender de cada caso, o uso temporário de medicamentos para o controle do humor e antidepressivos. O treinamento de reversão de hábitos vai ser fundamental para eliminar a mania de arrancar os cabelos, sendo assim o acompanhamento por um psicólogo e um psiquiatra.
A adoção de hábitos saudáveis de vida também é fundamental para a cura da tricotilomania. Uma boa noite de sono diariamente vai garantir uma melhor assimilação dos exercícios propostos. Alimentar-se bem, com os nutrientes necessários para o corpo e com intervalos regulares também ajuda. A hidratação é fundamental, em qualquer situação de vida.
A prática de atividades físicas é uma excelente forma de aliviar a carga psíquica, reduzindo assim a ansiedade e o estresse. Isso faz com que os episódios dessa mania de arrancar o próprio cabelo sejam menos frequentes. Além disso, ajuda a elevar os níveis dos hormônios da felicidade, ajudando bastante no tratamento da doença.