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Como evitar que os pequenos tenham trauma de vacina?

Tudo começa dias ou horas antes da vacina, sempre com sinceridade, tranquilidade e transmitindo segurança para os pequenos

Crédito: Freepik

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Tomar vacina é um momento de terror para muitas crianças. Essa simples picadinha, que leva apenas alguns segundos, pode ser tão traumatizante a ponto de ser levada pela vida inteira. Mas, em que momento exato esse trauma se estabelece? Como é que os pais podem evitar o trauma? Veja o que dizem os especialistas.

O comportamento dos pais faz toda a diferença

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade York, no Canadá, avaliou 548 crianças, acompanhadas durante as vacinas desde os 12 meses de idade, e chegaram à conclusão de que o comportamento dos pais faz toda a diferença.

As crianças veem seus pais como seu maior exemplo e sua segurança. Portanto, se os pais demonstrarem medo ou insegurança, mesmo que façam isso sem perceber, a criança vai sentir medo e insegurança também. Veja dicas de como deve ser a abordagem dos pais:

A criança deve ser preparada

Dias ou horas antes da vacina, os pais devem preparar a criança. Devem dizer a ela que a vacina vai ser uma picadinha bem rápida, e que vai servir para ela ficar mais forte.

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Dê o exemplo

Os pais podem mostrar a sua cicatriz da vacina BCG, aquela no braço, para que a criança se sinta encorajada a fazer o mesmo.

Fale sobre o profissional que vai aplicar a vacina

Também é importante dizer aos pequenos que vai ter um “tio/tia” ou enfermeiro/enfermeira que vai aplicar a vacina, para a criança saber que outra pessoa vai fazer isso no corpo dela.

Aja com tranquilidade

No momento da vacina, os pais devem manter a tranquilidade e a naturalidade, sem qualquer tipo de tensão ou nervosismo.

Não impeça o choro

Se a criança ficar com medo e começar a chorar, nada de forçar! É importante que ela se acalme e veja que está tudo bem. Se ela for forçada e perceber que as pessoas à sua volta estão impacientes, o trauma será criado.

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Não minta

Mais uma dica essencial é nunca mentir. Não diga que não vai doer, pois vai. Apenas fale a verdade de uma forma mais lúdica e atrativa.

Não distraia a criança no momento da vacina

Fazer a criança olhar para o outro lado ou para um brinquedo não vai evitar que ela sinta a picada da agulha. Se a criança estiver preparada, sabendo o que vai acontecer, não terá problemas em olhar para o que está acontecendo e sentir mais segura ao saber que não mentiram para ela.

Nada de ameaças

Muitos pais usam a injeção como uma forma de ameaça, e isso é totalmente errado. Nunca diga ao seu filho que, se ele não obedecer, vai ganhar uma injeção. Se ele tiver essa visão punitiva da vacina, nunca vai querer tomá-la.

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Além disso, não diga ao seu filho que ele precisa ser corajoso e não pode chorar na hora da vacina. Chorar é natural e faz parte. Não o impeça de expressar seus sentimentos, muito menos use um tom autoritário para isso.

Pode oferecer uma recompensa

Crianças costumam reagir muito bem a recompensas. Os pais pode explicar que a vacina vai ser uma picadinha rápida, que vai doer um pouquinho, mas que depois ela vai ganhar alguma coisa. Escolha uma recompensa simples, que você consiga cumprir logo depois da vacina, como um doce, um brinquedinho, um passeio ou uma brincadeira.

Como reverter o quadro de uma criança já traumatizada?

Existe uma terapia recente no Brasil chamada EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing/Dessensibilização e reprocessamento do movimento ocular).

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Essa terapia consiste em dessensibilizar ou reduzir a intensidade da resposta de ansiedade, de forma que a criança, ao pensar novamente em agulhas e injeções, não desencadeie mais uma série de sensações, sentimentos e pensamentos perturbadores.

O que acontece no momento de trauma de uma vacina, é que o cérebro falha e processa incorretamente a conexão entre a lembrança do fato e os sentimentos ligados a ele.

Sendo assim, da próxima vez que a criança traumatizada precisar ser vacinada, os pais deverão recriar um momento de vacina totalmente diferente ao anterior, que seja cercado por todas as dicas mencionadas acima.

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A ideia é que a criança crie uma nova ligação entre o momento da vacina com bons sentimentos. Mas, é preciso seguir todas as dicas mencionadas no tópico anterior para que a criança se sinta segura, encorajada, amparada e nunca se sinta enganada sobre o que vai acontecer.

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