Tratar animal de estimação como se fosse seu bebê
Crédito: Freepik

Tratar animal de estimação como se fosse seu bebê: faz bem ou mal?

Quando o tutor se esquece que o animal tem necessidades diferentes, se torna uma relação prejudicial

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Os cães e gatos são os animais domésticos mais comuns e, de fato, precisam de tutores amorosos e responsáveis para se manterem saudáveis e felizes. Mas, existe uma grande diferença entre cuidar muito bem do seu pet e tratá-lo como se ele fosse um bebê humano. Veja quando esse é um hábito ruim, tanto para o humano quanto para o animal.

Respeitando as diferenças

Antes de tudo é preciso respeitar as diferenças: humanos e pets são seres de raças diferentes, com hábitos e necessidades diferentes. Então, tratar o seu cão ou gato como se ele tivesse as mesmas necessidades de um bebê humano é desrespeitar as verdadeiras necessidades dele.

Criando falsas expectativas

Em segundo lugar vem a expectativa criada pelo tutor que cuida do seu pet como se ele fosse um humano.

Por mais que o animal se adapte a muitos hábitos humanos e se afeiçoe ao seu tutor, gostando de estar no colo, brincar, lamber e interagir, ele não vai atender a todas as expectativas, e isso pode gerar frustração.

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Em muitos casos, os tutores que tratam seus animais como se fossem bebês humanos são pessoas que, por essência, gostam de cuidar e proteger os outros. Até aí não tem problema algum.

Porém, esperar que o pet ofereça mais do que ele pode oferecer, sentindo-se carente caso ele não esteja por perto o tempo todo, ou enxergando o animal como um filho real, é um sinal de alerta para sua saúde mental.

Isolar-se do convívio com outros humanos

Muitas pessoas preferem a companhia dos animais porque tiveram experiências muito ruins com relação a outras pessoas ou têm dificuldade em se relacionar com os outros. Então, como os animais são serem puros, que apenas desejam amar e ser amados, essas pessoas os veem como a única companhia que vale a pena.

Porém, é preciso ter cuidado com o desequilíbrio dessa relação. Um animal, por mais amoroso e companheiro que seja, não pode substituir totalmente a convivência com outros humanos. Quando isso acontece é um sinal de que problemas emocionais estão crescendo dentro da pessoa, e podem se tornar distúrbios ou doenças.

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Acumular animais

Outro ponto de desequilíbrio emocional é quando uma pessoa quer salvar o máximo de animais quanto for possível, pois os vê como bebês que precisam de proteção.

Então ela traz todos para dentro de casa, mas não tem condições de oferecer cuidados médicos, comida, espaço e higiene adequada para todos.

Geralmente esse comportamento acontece porque a pessoa se reconhece nos animais pela sua vulnerabilidade ou pelo sofrimento. O impulso de oferecer proteção é um reflexo da própria necessidade de proteção.

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A intenção dessa pessoa pode ser maravilhosa, mas se ela não tiver infraestrutura para manter os animais saudáveis e felizes, estará fazendo o contrário, colocando-os em risco, privando-os de seus instintos.

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