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Transtorno de dependência de tela: saiba o que é e como identificar

Crianças, jovens e adultos estão passando cada vez mais tempo no mundo virtual, e os efeitos colaterais podem ser desastrosos

Crédito: Freepik

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Conforme as tecnologias foram evoluindo, o comportamento das pessoas também foi mudando ao longo dos anos. Muita coisa mudou para melhor, mas também surgiram novas patologias ligadas diretamente ao uso excessivo dos smartphones, tablets, vídeo games e computadores, como é o caso do transtorno de dependência de tela, já ouviu falar?

O que é o transtorno de dependência de tela?

Como o próprio nome sugere, esse transtorno é quando uma pessoa usa os aparelhos mencionados acima de forma exagerada e desequilibrada, seja uma criança ou um adulto.

Esse uso excessivo chega ao ponto de substituir várias outras atividades que a criança ou adulto deveria fazer, mas deixa de lado, pois está se tornando dependente da tecnologia, ficando horas em frente à tela de forma viciante e sem notar o passar do tempo.

Nas crianças esse transtorno está cada vez mais comum, devido a elas já terem nascido em meio a todas essas tecnologias e estarem em contato com as telas desde os primeiros meses de vida. Nos adultos, as telas se tornam um vício pois servem para fazer de tudo: do trabalho ao hobby.

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Causas do transtorno

Dos últimos 15 anos até agora, os smartphones e tablets foram se tornando cada vez mais acessíveis. Por serem portáteis, muitos pais começaram a utilizar esses aparelhos como “muletas” para acalmar os filhos e mantê-los quietos, concentrados em filmes, desenhos e jogos.

Então, no caso das crianças e adolescentes, a causa do transtorno está na falta de controle do pais, que permitem o uso exagerado dos aparelhos, por longas horas todos os dias, para que possam fazer outras atividades sem que os filhos estejam necessitando de atenção plena. Ou, na verdade, sem que os filhos peçam atenção plena por estarem concentrados nas telas.

Já nos adultos, as causas variam. Mas, de modo geral, o vício se manifesta porque as pessoas acabam concentrando tudo (ou boa parte) da sua vida profissional e pessoal nos aparelhos, e quando percebem estão se comunicando mais pelo smartphone do que pessoalmente.

Sintomas do transtorno de dependência de tela

Os sintomas podem variar conforme o grau de dependência, da causa, da idade e do estilo de vida de cada pessoa, seja criança, jovem ou adulto. Basicamente, são sintomas que se assemelham a outros tipos de vícios.

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Sintomas comportamentais

  • Irritabilidade;
  • Ansiedade;
  • Falta de atenção;
  • Dificuldade em fazer atividades longe das tecnologias;
  • Mentir sobre o tempo de uso dos aparelhos;
  • Estar com o smartphone ou tablet sempre por perto e verificar a cada instante, mesmo sem receber notificações;
  • Falta de interesse em se relacionar pessoalmente com os outros;
  • Desorganização e indiferença com relação a outras atividades que não envolvam as tecnologias.

Sintomas sistêmicos

  • Vista cansada;
  • Problemas de visão;
  • Insônia ou sono desregulado;
  • Dor nas costas e pescoço;
  • Alimentação deficiente;
  • Problemas de peso (para mais ou para menos);
  • Inflamações nas juntas das mãos e dedos;
  • Dores de cabeça;
  • Danos cerebrais em longo prazo.

O que fazer para tratar?

Em todas as idades é possível reverter o transtorno. Mas, para isso, é preciso adotar novos hábitos de vida. É necessário planejar uma rotina com várias outras atividades longe dos smartphones, tablets e outras telas para ocupar a mente da pessoa. Ao mesmo tempo, é preciso controlar o tempo de uso das telas por dia.

Assim como ocorre no tratamento de outros tipos de vícios, esses novos hábitos levam dias para serem aceitos pelo cérebro, geralmente a partir de 21 dias de prática. Essa é uma reeducação cerebral que exige paciência e persistência, além de compreensão de quem estiver ajudando, em especial no caso das crianças.

Já os adultos têm a capacidade de perceberem a que nível estão no vício e fazerem um autocontrole. Se não conseguirem perceber por conta própria que o uso das telas está descontrolado, ou se não conseguirem acabarem com esse excesso sozinhos, o ideal é buscar ajuda de um profissional, seja psicólogo ou psiquiatra, que vá ajudar a criar uma nova rotina de atividades e a renovar sua percepção do mundo virtual e do mundo real.

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Confira as dicas da psicóloga Gabriella Almeida sobre como e quando os pais devem permitir o uso de telas aos seus filhos:

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