Antes, os planos de saúde brasileiros não cobriam transplante de fígado, obrigando pacientes a esperarem por bastante tempo na fila do SUS.
Agora, a partir do dia 03 de outubro de 2022, foi publicado no Diário Oficial da União que o transplante de fígado passou a ser obrigatório pelos planos de saúde.
A decisão foi tomada pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, na sexta-feira, 30 de setembro.
Veja também: Mulher volta a enxergar após 6 transplantes de córnea: veja o motivo
Para garantir que os planos de saúde ofereçam a cobertura aos procedimentos vinculados ao transplante de fígado, foram realizados ajustes ao Anexo I do Rol, que traz a listagem dos procedimentos cobertos.
Foram inclusos procedimentos para o acompanhamento clínico-ambulatorial e para o período de internação do paciente, bem como dos testes para detecção quantitativa por PCR do citomegalovírus e vírus Epstein Barr.
A mudança teve o apoio do Ministério da Saúde e da Central Nacional de Transplantes com o objetivo de assegurar que o transplante seguirá sua cobertura conforme a situação do paciente na fila única nacional gerida pelo SUS.
Veja também: 1º transplante pareado de rins do Brasil: 2 casais e 4 cirurgias simultâneas
Também foram analisados os processos definidos pelo Sistema Nacional de Transplantes. Segundo a ANS, todos os requisitos previstos foram cumpridos e, por isso, não havia motivo para vetar o procedimento.
Além de tornar obrigatória a realização de transplante de fígado pelos planos de saúde, a ANS já realizou 13 atualizações do Rol em 2022.
Ao total, foram contemplados 2 procedimentos e 25 medicamentos somente neste ano, bem como ampliações importantes para pacientes com transtornos de desenvolvimento global, como o Transtorno do Espectro Autista, além do fim dos limites para consultas e sessões de psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia, desde que sob indicação médica.
Veja também: Transplante de medula óssea: saiba quando é necessário e como é feito
Fonte: Só Notícia Boa