Independente do clima e da época do ano, sempre há diversos tipos de alergia que assolam a população. As doenças respiratórias são as mais comuns, principalmente entre idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas (como asma, bronquite e rinite).
No entanto, o tempo seco também facilita as doenças de pele e reação a medicamentos, muitos deles ingeridos por conta dos problemas de saúde comuns nesse período.
Principais tipos de alergia
Basicamente, uma alergia pode ser definida como a reação exagerada do organismo quando em contato com substâncias estranhas, mas comuns no ambiente – como alimentos, remédios e poeira.
Geralmente, o indivíduo que contrai um dos muitos tipos de alergia já tem uma doença crônica (como os asmáticos) ou é paciente atópico, quando tem tendência genético para desenvolver uma doença.
Ao entrar em contato com a substância, chamada a alérgeno, o sistema imunológico libera anticorpos e histamina, o que provoca a irritação e o inchaço característicos de qualquer tipo de alergia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma ainda que 35% da população brasileira sofre de alguma alergia. Sendo a prevenção o melhor tratamento, conheça os diferentes tipos do problema e saiba como lidar.
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Alergia respiratória
A mais comum entre todas as alergias é a respiratória, provocada por alérgenos presentes no ar como poeira, mofo, pólen, ácaros e poluição. Muitas vezes chamada de rinite alérgica, esse tipo de alergia pode ocorrer sazonalmente ou durante o ano todo.
As crianças, idosos e pacientes atópicos são as principais vítimas da alergia ao pólen, comum durante a primavera. A poeira também é forte causadora de doenças, principalmente quando as temperaturas baixam e os edredons e blusas de frio saem do armário cheio de ácaros.
Sintomas e tratamento
Os sintomas da alergia respiratória incluem obstrução nasal, coriza, espirros, falta de ar, tosse e dor de cabeça. Se não for devidamente tratada, é comum que a alergia evolua para uma sinusite.
O tratamento é feito com base em antialérgicos, anti-histamínicos e remédios à base de corticoide, além do uso de soro fisiológico no nariz, inalação e ingestão de, pelo menos, dois litros de água por dia.
A prevenção da alergia respiratória inclui:
- Manter a casa arejada e livre de poeira;
- Colocar cobertores e roupas para tomar sol depois de tirar do armário;
- Evitar tapetes, cortinas, carpetes e bichos de pelúcia que possam acumular poeira e ácaros;
- Deixar umidificadores de ar, toalhas molhadas ou uma bacia com água no quarto enquanto dormir;
- Evitar ambientes com cheiros fortes (como cigarro, tinta e gasolina).
Alergia na pele
O período mais sensível para a pele é o outono e inverno, quando o clima seco deixa a pele ressecada e os banhos quentes, cobertores e roupas de lã e o fato de beber pouca água contribuem para esses tipos de alergia.
Diversas substâncias podem causar manifestações alérgicas na pele, desde cosméticos até produtos de limpeza, látex e até bijuterias cobertas com níquel. Quem tem predisposição genética sofre de dermatite atópica, relacionada com o sistema respiratório.
Geralmente esses tipos de alergia causam coceira e irritação na pele, mas em casos graves (como a anafilaxia) pode ser fatal quando sintomas cutâneos são combinados a sintomas respiratórios – chegando a causar falência respiratória, sintomas cardiovasculares e problemas no sistema nervoso central.
Sintomas e tratamento
Vermelhidão, coceira, inchaço e erupções cutâneas no local afetado são os sintomas mais comuns; em casos graves, as erupções podem formar feridas com pus, inflamações e dor.
O tratamento é feito com medicamentos anti-histamínicos ou a base de corticoides e pomadas específicas, além de identificar o que provocou a alergia e cortar o contato com o alérgeno. Você deve, nesse caso, consultar um alergologista.
Para prevenir o problema, recomenda-se evitar manter a pele hidratada, ingerir dois litros de água por dia, evitar banhos muito quentes e usar produtos específicos para peles sensíveis.
Alergia alimentar
Um dos tipos de alergia mais graves é a alimentar, que pode provocar desde erupções cutâneas até afetar o sistema respiratório e cardiovascular. No geral, é uma reação às proteínas dos alimentos e é mais comum nos primeiros anos de vida, quando o sistema imunológico ainda está em formação.
É importante frisar que a alergia alimentar é diferente de intolerância alimentar. Enquanto a primeira acontece como reação a proteínas “inimigas”, a segunda é provocada pela carência de uma enzima que processa determinado nutriente.
Entre os alimentos mais comuns em casos de reações alérgicas estão:
- Leite;
- Soja;
- Amendoim;
- Nozes e castanhas;
- Ovo;
- Peixe e frutos do mar;
- Glúten;
- Trigo;
- Frutas secas e passas.
Sintomas e tratamento
Os sinais de alergia podem aparecer entre duas horas e dois dias depois da ingestão do alimento e incluem desde coceira, bolhas vermelhas e vermelhidão em diferentes partes do corpo até inchaço dos olhos, língua e dificuldade para respirar.
O tratamento é feito com base em anti-histamínicos. Não há muito o que fazer, exceto evitar a ingestão do alimento e derivados e, se necessário, procurar um médico para realizar um tratamento adequado.
Alergia a medicamentos
Remédios também podem provocar reações alérgicas, principalmente aqueles que são usados sem prescrição médica, e caso o tratamento não seja interrompido as consequências podem ser graves.
Os medicamentos mais comum em causar diferentes tipos de alergia são analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos. A quimioterapia também pode provocar manifestações alérgicas.
Sintomas e tratamento
Coceira, erupções cutâneas e vermelhidão na pele são sintomas comuns, mas alguns pacientes podem apresentar reações como náusea, vomito, queda da pressão arterial e dificuldade para respirar.
Não há tratamento, exceto informar o médico ou dentista e interromper
imediatamente o uso do medicamento.
Alergia de picada de insetos (estrófulo)
Alguns insetos são potencialmente fatais para quem sofre de estrófulo, e em casos mais leves o paciente atópico sofre de lesões na pele (que podem se tornar feridas), vermelhidão e coceira. Nos casos graves, a insuficiência respiratória pode levar à morte.
Crianças até 10 anos de idade são as principais vítimas. Entre os insetos que mais causam essas reações estão:
- Pernilongos;
- Borrachudos;
- Abelhas;
- Formigas;
- Vespas;
- Carrapatos;
- Pulgas.
O tratamento inclui pomadas específicas e aplicação de anti-histamínicos. A recomendação, além de evitar locais com esses insetos e realizar dedetizações frequentes, é não coçar o local picado, pois pode machucar ainda mais a área e provocar infecção por bactérias.
As dicas deste artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado. E para obter os resultados mencionados também é preciso aliar a uma vida e alimentação saudável e equilibrada.