O Malawi e seus rituais
O Malawi é um país com um índice de desenvolvimento humano muito baixo e com uma percentagem enorme de casos de doenças sexualmente transmissíveis, principalmente HIV.
Em um dos seus distritos é habitual que a maioria das mulheres se case antes dos 18 anos e sejam mães com 12.
Aqui entra Theresa Kachindamoto que tem tido um papel essencial na luta contra estes casos. Mais de 850 casamentos forçados foram anulados por sua iniciativa e tem conseguido a abolição dos tradicionais rituais que obrigam as meninas a iniciar sua vida sexual demasiado cedo.
Theresa Kachindamoto e o seu papel evolutivo numa sociedade conservadora
Esta grande líder feminista conseguiu que fosse instituída a maioridade de 18 anos para o casamento e está lutando para que esta seja alargada até aos 21. Há 27 anos que Kachindamoto trabalha nesta área e tem conseguido sempre cumprir com os seus objetivos, mas ainda há muito por que lutar.
O facto de a mulher ainda ser vista como um pertence do homem é algo demasiado instituído na sociedade. A luta por essa desconstrução tem sido difícil e até perigosa, sendo que a líder já foi ameaçada de morte várias vezes por parte de grandes vozes políticas do país.
Os casamentos são normalmente combinados pelas famílias trocando as filhas por dinheiro ou bens de forma a aliviar as despesas. Devido a esta objetificação da mulher, uma em cada cinco é vítima de abusos sexuais e desrespeitada desde criança.
A esperança e a educação infantil no Malawi
Theresa Kachindamoto promete lutar contra todos os preconceitos até à sua morte. Tem como objetivo recuperar e edificar a dignidade das mulheres, conseguindo educá-las e fazer com que acreditem que podem ser o que quiserem e não aquilo que outras desejam para elas.