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Qual é o tempo mínimo para ficar em um emprego novo?

Existe um tempo mínimo determinado e aceito pelas empresas, mas que pode não fazer mais sentido para a nova geração de profissionais

Crédito: Freepik

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Quem está em busca de formar um bom currículo e ter boas experiências na carreira, sabe que não é bom pular de um emprego para o outro. Ao menos não em um período inferior a um ano.

Mesmo hoje em dia, em que as pessoas estão repensando sua relação com uma vida profissional dedicada, abrindo mão até do bem-estar pessoal, ainda existe um julgamento sobre aqueles que abandonam um emprego novo em poucos meses, só porque não gostaram do ambiente, das pessoas ou das responsabilidades.

Para os empregadores, quando um funcionário atinge um ano de empresa ele está dizendo que é um profissional leal e um investimento melhor para o negócio.

Já para o próprio funcionário, aguardar completar pelo menos um ano no emprego novo é válido quando precisa desse tempo para absorver novos conhecimentos e competências, que não se consegue em poucos meses.

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Por outro lado, as empresas mais modernas, com pensamento inovador e adaptado às novas necessidades do mundo atual, devem compreender que o tempo de empresa não é tudo.

Muitas vezes, um excelente profissional é aquele que entrou no emprego novo, percebeu que o ambiente não estava acrescentando para sua vida pessoal e carreira, e teve a proatividade de sair, valorizando a si próprio.

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A regra do primeiro ano comprova estabilidade

Mesmo assim, a cultura de grande parte das empresas ainda é de valorizar o profissional que sabe dar tempo ao tempo para se adaptar.

Para Alison Sullivan, gerente sênior de comunicações corporativas do site de empregos Glassdoor, “depois de um ano, os funcionários normalmente sentem que progrediram e compreendem quem é quem na sua equipe e no seu departamento”.

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Segundo ela, “um ano oferece às pessoas tempo suficiente para causar impacto na companhia, adquirir novos conhecimentos e demonstrar seu crescimento. Ao procurar seu cargo seguinte, o que você fez no primeiro ano pode ajudar a argumentar por que você é a pessoa certa para um emprego e te munir com exemplos do mundo real”.

Sullivan acredita que, embora seja possível explicar um ou dois períodos breves de emprego no currículo, os empregadores “poderão interpretar uma série de passagens curtas como sendo de um candidato que pode evitar desafios ou não é confiável”.

Com isso, os empregadores evitam investir em um profissional que demonstra alta probabilidade de sair do emprego em alguns meses.

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Explicar seus motivos também conta

Os motivos pelos quais se recomenda ficar pelo menos um ano em um emprego são compreensíveis.

Mas, voltamos a falar que, para a nova geração, a relação com o emprego mudou. Os jovens da geração Z não querem saber de perder tempo com algo que não lhes traz felicidade e nem acrescenta na carreira.

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Então, por mais que os empregadores sejam tradicionais neste modo de pensar, precisam se adaptar às necessidades e ao modo de pensar desta nova geração, valorizando também seus motivos para saírem de um emprego antes do prazo mínimo de um ano.

Para Michael Smets, professor de Administração da Universidade de Oxford, no Reino Unido, existe uma forma de ser valorizado pelo novo empregador, mesmo quando seu currículo traz experiências de alguns meses.

“Explique como você decidiu deixar a empresa anterior, mas organizando uma transição sólida e aceitando uma data de saída que não deixasse sua equipe na mão — mesmo que o aviso prévio tenha sido de apenas um mês. Se conseguir fazer isso, você será capaz de demonstrar confiabilidade e compromisso, mesmo mudando de emprego com rapidez”.

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E, junto a isso, é preciso comprovar sua capacidade de levar novos conhecimentos à empresa. Então, mesmo com a rotatividade no currículo, existe uma grande chance de se dar bem em um novo emprego quando você é um profissional aplicado, que se mantém estudando e atualizado com as novidades da sua área. Sobretudo, demonstrando estar entusiasmado com a nova oportunidade e disposto a fazer dar certo, de verdade.

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Fonte: BBC Brasil

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