Charutinho é aquele jeito de enrolar os bebês recém-nascidos em uma manta para eles se sentirem mais aquecidos, apertados e seguros, como estavam no útero. A ideia da técnica é acalmar o bebê, e até parece que faz sentido. Mas, existe um outro lado que merece a atenção dos pais e cuidadores.
Riscos de enrolar o bebê em charutinho
Sim, existem benefícios de usar a técnica nos bebês, pois ela acalma mesmo e evita que reflexos ainda descoordenados dos bracinhos e perninhas causem susto e crises de choro.
Só que a técnica do charutinho também traz um risco muito perigoso que é o da síndrome de morte súbita infantil, a SMSI. Essa é, na verdade, a principal causa de morte entre bebês até o primeiro ano de idade e uma das causas pode ser o charutinho.
A síndrome de morte súbita infantil acontece com bebês aparentemente saudáveis e a principal causa está relacionada com o sono.
Por exemplo, quando o quarto onde o bebê dorme está com uma temperatura muito elevada ou baixa ou quando o bebê compartilha o quarto com muitas pessoas.
Também quando ele está embrulhado com o charutinho, pode rolar para o lado ou para baixo e sufocar. Ele nem vai conseguir usar seus reflexos dos bracinhos porque estarão presos na manta.
Para evitar morte súbita, bebês devem dormir no quarto com os pais
Outro risco é o de hipertermia, que é quando a temperatura do corpo do bebê sobe excessivamente, por estar todo enrolado na manta, passando calor. Esse risco não é apenas durante o sono, mas quando o bebê está acordado também.
Por fim, o risco de displasia no quadril em casos de deixar a manta muito apertada na parte das perninhas. A manta deve estar frouxa o bastante para o bebê conseguir dobrar as pernas para dentro e para fora.
Cuidados a ter
A técnica do charutinho não está proibida. Muitos pediatras recomendam para algum tratamento específico. Mas, é preciso tomar alguns cuidados para evitar que o bebê fique em risco.
- Deite o bebê sempre de barriga para cima com as costas apoiadas em um colchão firme
- Não deixe nenhum cobertor solto no berço, nem o de enrolar o bebê, por aumentar o risco de sufocamento;
- A manta deve estar firme para que a criança não se desenrole e sufoque;
- A manta deve estar frouxa o suficiente a ponto de poder passar uma mão entre ela e o tórax da criança para minimizar problemas respiratórios e para não pressionar seus quadris e pernas.
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Artigo com informações de Minha Vida