O surto psicótico pode ser desencadeado por alguns transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia e transtorno bipolar. Também pode ocorrer por abuso de drogas alucinógenas ou exposição a determinadas substâncias químicas industriais, como o chumbo.
O que acontece em um surto psicótico é a alteração temporária do estado mental. Essa alteração provoca uma dissociação entre a realidade e a percepção que a pessoa tem dela. Durante o surto pode haver alucinações, ansiedade e agressividade.
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Sintomas de surto psicótico
É possível identificar um surto psicótico com base nas seguintes características:
- Alucinações com a presença de sons, imagens ou sensações que não existem;
- Não saber diferenciar o real e o fictício, apesar da demonstração de evidências;
- Ideias delirantes, como pensar que o vizinho é um espião que quer roubar informações, por exemplo;
- Ilusões que são distorções de algo real, como ver uma mesa e acreditar que é um animal, por exemplo.
- Junto com esses sintomas, a pessoa pode ter alterações motoras, como gritar, chorar ou ser agressiva, física e/ou verbalmente.
O que causa um surto?
Além dos motivos já mencionados lá no início, existe maior probabilidade de surto psicótico quando a pessoa teve problemas ao nascer, antes e durante o parto, como infecções ou estresse materno.
Também é maior o risco quando existe algum caso de psicose, esquizofrenia ou outro transtorno psiquiátrico na família.
Além desses motivos, um surto psicótico pode acontecer pelo uso de medicamentos com efeito anticolinérgico; por deficiência de vitamina B12; alterações metabólicas, como hipoglicemia e hiper ou hipotireoidismo; um sintoma nas fases iniciais da doença de Alzheimer e quando a pessoa deveria estar se tratando de um problema psiquiátrico, mas não segue o tratamento.
Diagnóstico e tratamento
Seja durante ou depois de um surto psicótico, é muito importante que a pessoa seja levada ao médico psiquiatra. Ele irá avaliar o paciente com exames físicos e neurológicos para verificar seu estado de consciência e sua situação clínica.
Também podem ser necessários exames de sangue e urina para identificar a possível ingestão de drogas, além de exames de imagem como eletroencefalograma, tomografia ou ressonância magnética para descartar outras possíveis doenças ou alterações cerebrais que podem causar o surto.
O tratamento começa com a estabilização ou correção da sua causa, se o paciente ainda estiver em surto e precisando ser tranquilizado.
Depois, com a situação sob controle, o médico avalia o tratamento mais adequado a médio e longo prazo, que pode envolver o uso de antipsicóticos, como Haloperidol, Olanzapina ou Ziprazidona, e benzodiazepínicos.
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Orientações para conviver
A orientação médica para quem for conviver com a pessoa que teve/tem surto é de que ela precisa de um ambiente seguro e tranquilo, evitando estímulos estressantes.
Outra recomendação importante é que não seja feito o confronto das ideias delirantes, alucinações ou ilusões que a pessoa tenha tido, pois isso pode trazer ainda mais alterações no comportamento.
É recomendado estar de olho se a pessoa está mantendo o tratamento, com uso dos medicamentos nos horários certos, todos os dias.
O médico psiquiatra pode recomendar, ainda, que seja feita terapia cognitiva-comportamental, com ou sem intervenção familiar, para oferecer ferramentas à pessoa e aos familiares sobre como lidar com os episódios de surto psicótico.
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