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Sonambulismo em crianças: causas, sinais e cuidados necessários

Veja o que deve e o que não deve fazer enquanto a criança estiver sonâmbula

Crédito: Freepik

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Você já deve ter ouvido falar em sonambulismo, uma condição que faz a pessoa se levantar da cama e realizar atividades enquanto ainda está dormindo. Essa condição é mostrada em filmes, séries e desenhos animados, mas nem todo mundo sabe que afeta cerca de 30% das crianças na vida real. Portanto, o sonambulismo em crianças é algo que os pais devem conhecer e saber como lidar para evitar acidentes.

O que é o sonambulismo em crianças?

O sonambulismo em crianças costuma ocorrer entre os 3 e 10 anos de idade, pois é nessa fase que o desenvolvimento do sistema nervoso está mais intenso e isso afeta diretamente a qualidade do sono. Geralmente, a condição desaparece quando a criança entra na puberdade, e pode voltar depois de adulto, mas nem sempre.

Considerado uma variação dos distúrbios do sono, no sonambulismo as funções motoras da pessoa despertam, mas sua consciência permanece inativa, dormindo. Então, a pessoa pode fazer várias atividades no “modo automático” e depois voltar para a cama, sem se lembrar de nada no dia seguinte.

Veja também: O que é o terror noturno em crianças?

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Como acontece um episódio de sonambulismo em crianças?

Os pais podem estranhar e até se assustarem ao ver o filho em um episódio de sonambulismo. Apesar de estar dormindo, a criança realiza atividades como se estivesse acordada, como se sentar na cama, urinar em locais inadequados, abrir portas, janelas ou gavetas, correr, comer, falar ou sussurrar frases ou palavras sem sentido.

Durante o sonambulismo, os olhos da criança ficam abertos, porém, olhando fixamente “para o nada”. Ela não está em seu estado de alerta, pois está dormindo. Mas, consegue seguir algumas ordens, embora o mais comum seja que ela não ouça nem compreenda o que é dito por outra pessoa.

Geralmente, um episódio de sonambulismo em crianças ocorre no estágio de sono profundo, mais ou menos 2 horas depois de pegar no sono. A duração é variável, podendo durar alguns minutos ou quase uma hora.

Os perigos do sonambulismo infantil

O sonambulismo em si não é perigoso para o organismo, mas pode trazer consequências. Por exemplo, a queda no rendimento escolar pode ser o resultado de noites mal dormidas.

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Ainda que a criança sonâmbula esteja dormindo, seu corpo gasta energia fazendo atividades que impedem o descanso, e ela pode acordar se sentindo indisposta, mas sem saber o motivo. Com isso, o rendimento escolar e em outras atividades pode ficar comprometido.

Além disso, tem o perigo da criança sonâmbula sair de casa e se perder pela rua, sofrer um acidente dentro ou fora de casa. Como ela não está em estado de alerta, não vai perceber os riscos do que está fazendo, e não tomará cuidado algum.

O que causa o sonambulismo infantil?

As causas dessa condição ainda não são completamente conhecidas. Acredita-se que seja devido à imaturidade do sistema nervoso central, que ainda está em intenso desenvolvimento na infância.

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Outro fator possível é a predisposição genética, já que 80% dos casos de sonambulismo em crianças tem histórico familiar. Existem ainda fatores como estresse, ansiedade, mudanças súbitas na rotina, febre e noites mal dormidas.

Tratamento e cuidados

Mesmo sabendo que é uma fase e vai passar, o sonambulismo em crianças é preocupante por causa dos riscos que oferece durante os episódios. Mesmo assim, não existe um tratamento específico, a menos que seja algo grave, muito frequente, que aí precisa da atenção de um neuropediatra.

Quando os episódios chegam a quatro a cinco vezes por noite ou por semana, e quando afetam a rotina da criança, piorando sua qualidade de vida, é motivo o bastante para os pais procurarem ajuda de um especialista, podendo ser necessário o uso de medicamentos.

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Quanto aos cuidados que os pais devem tomar todas as noites, recomenda-se regular os hábitos de sono da criança, com horário para dormir e acordar, além de uma rotina de sono que inclui não comer nem beber nada antes de dormir, evitar brincadeiras agitadas e telas (computador, celular) na hora de ir para a cama.

Mesmo com esses cuidados, o risco de um episódio existe. Então, entram em cena outros cuidados:

  • Não sacudir e nem tentar acordar a criança para evitar que ela fique nervosa;
  • Acompanhar a criança até à cama e aguardar que seu sono volte ao normal;
  • Manter o quarto da criança livre de objetos ou móveis em que ela possa tropeçar ou se machucar;
  • Tirar de seu alcance objetos cortantes como facas e tesouras, e produtos químicos que possam ser ingeridos;
  • Vedar as escadas com portas para evitar que a criança caia;
  • Trancar as portas e janelas para impedir que a criança abra e saia ou caia.

Artigo com informações de Neurologista Infantil

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