O isolamento social pode ser extremamente prejudicial para a pessoa idosa. Isso porque a solidão recorrente abre espaço para diversas doenças.
De maneira geral, as pessoas têm a necessidade de companhia e de se sentirem amadas e apoiadas. Também são importantes o cuidado e a atenção. O ser humano é um ser social e, por mais que goste de estar sozinho às vezes, tem necessidade de pertencer a um grupo.
Porém, muitas pessoas mais velhas são ignorados pelos seus familiares, deixadas praticamente ao abandono. A solidão deixa os idosos mais fragilizados, atingindo não só seu coração, mas também o próprio corpo. Esse estado de espírito mais negativos pode levar ao desenvolvimento de doenças ou até mesmo à morte.
Como o isolamento social afeta os idosos
Está parecendo muito trágico? Mas é verdade e não apenas uma teoria. A explicação é científica e bastante racional. A infelicidade e o aumento de estresse decorrentes da solidão estão ligados à hipertensão e ao desencadeamento de doenças cardiovasculares e neurológicas.
Ela pode manifestar-se quer no campo físico, quer no campo psicológico. Essa solidão tem sintomas semelhantes ao estresse crônico, que afeta o funcionamento dos sistemas endócrino e imunológico, deixando o organismo mais debilitado. Um organismo mais frágil está vulnerável à doenças.
As doenças mais frequentes no caso da solidão são a hipertensão, a diabetes, a ansiedade e depressão. Na velhice, toda esta situação atinge uma proporção mais grave. Os idosos naturalmente têm os mecanismos de defesa mas fracos. Consequentemente, as defesas estão mais fracas e o sistema imunológico fica ainda mais comprometido.
Quais doenças a solidão traz
De acordo com um estudo, as doenças mais relacionadas ao isolamento social no idoso são a pressão alta, doenças cardíacas, obesidade, sistema imunológico enfraquecido, ansiedade, depressão, declínio cognitivo, doença de Alzheimer e até morte. Porém, não são somente esses fatores que se alteram.
A própria biologia passa por mudanças no seu funcionamentos, facilitando o desenvolvimento das doenças acima e outros problemas. Por exemplo, quando em isolamento social, o idoso tende a ter alterações no sistema imunológico. Ao invés de proteger como de costume, ele tende a permitir inflamações, aumentando o risco de doenças crônicas, ataques por vírus e outras doenças infecciosas.
Como evitar a solidão na 3ª idade
Há especialistas que defendem, como por exemplo o Dr. Manuel Martín Carrasco, do Instituto de Investigações Psiquiátricas, que é preciso ter muita atenção a esse problema. É urgente apostar na vida social dos mais velhos, porque está diretamente relacionada à qualidade de vida. Um idoso que sabe que tem quem o ame e se preocupa com ele viverá mais e melhor.
Voluntários por todo o mundo tentam dar uma alegria aos idosos que lidam com a solidão, além de enfrentarem outros problemas naturais da velhice. Essas ações têm como objetivo mudar as estatísticas, que divulgam que a maioria da população idosa se sente só. Garantir algum contato físico diário é fundamental para que não se façam sentir esses efeitos da solidão.
Dar acompanhamento social para um idoso nem sempre é fácil. Aquele que foi pouco sociável durante a sua vida, seja por um trauma ou por dificuldade em criar vínculos, terá mais dificuldades. Isso comparado a quem sempre teve facilidade em se comunicar, sendo mais complicada a criação de novas redes sociais.
O ideal é providenciar um tratamento mais personalizado ao idoso, contando com o apoio de profissionais na área da psicologia e psiquiatria. Mas se isso não for possível, a companhia da própria família já será de grande ajuda para melhorar a sua saúde e, consequentemente, a sua vida.