Quando a gente fala em slime, lembra daquelas gelecas coloridas que as crianças amam. Também lembramos do quanto elas grudam no cabelo, no tapete e no sofá com tanta facilidade!
Mas, hoje vamos falar de outro slime, o magnético, que não gruda, mas tem potencial para andar por dentro do corpo humano e captar pequenos objetos. Já imaginou o que isso pode fazer e como pode ajudar na medicina?
Cientistas da Universidade de Hong Kong estão imaginando agora, enquanto seguem com os testes do slime magnético que criaram.
Veja também: Cientistas brasileiros criam implante que acelera tratamento de fraturas
Como funciona o slime magnético?
A revista New Scientist publicou um vídeo mostrando o slime em ação. “Um robô feito de lodo magnético pode ser implantado dentro do corpo para realizar tarefas, como recuperar objetos engolidos por acidente”, diz o post.
A robot made of magnetic slime could be deployed inside the body to perform tasks such as retrieving objects swallowed by accident.https://t.co/EYpnx56vNO pic.twitter.com/zA3hMO80xQ
— New Scientist (@newscientist) March 31, 2022
O cocriador da tecnologia, o professor Li Zhang, explica como funciona o slime magnético: “sua estrutura flexível pode ser controlada por ímãs e é um bom condutor elétrico. Seu aspecto viscoelástico pode se comportar como uma substância sólida ou líquida.”
Ele é composto por polímeros (macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores) chamados de álcool polivinílico.
Também por bórax e partículas de ímã de neodímio, elemento químico de estado sólido. Quando acionado magneticamente, o neodímio mostra sua habilidade de se locomover, girar ou até mudar de formato, criando letras como “C” e “O”.
“É como misturar água com amido [de milho] em casa. Quando você o toca muito rapidamente, ele se comporta como um sólido. Quando você o toca suavemente e lentamente, ele se comporta como um líquido”, afirma Zhang.
Um protótipo com alto potencial
O estudo do slime magnético foi publicado na revista científica Advanced Functional Materials, mas os pesquisadores deixaram claro que ainda se trata de um protótipo.
Por enquanto, o slime magnético ainda não funciona de maneira independente, mas este é um dos objetivos a alcançar.
Além disso, não existem planos para a aplicação da invenção na área médica, pois algumas partículas ainda são tóxicas.
O professor Zhang destaca que a segurança do material em tratamentos de saúde depende apenas do tempo em que o slime permanecer no corpo do paciente.
“O objetivo final é implantá-lo como um robô. Ainda consideramos a pesquisa básica para tentar entender suas propriedades materiais”, finaliza o professor.
Veja também: Engenheiros espaciais lançam food truck de pizza feita por robôs
Fonte: UOL Tilt