Alzheimer é o nome de uma doença neurodegenerativa que entra no grupo das demências. Ainda não se conhece a verdadeira causa da doença, mas existem tratamentos que reduzem os sintomas de Alzheimer.
Mesmo com causa desconhecida, o que se sabe é que o cérebro vai perdendo suas capacidades ao tempo que as células nervosas são recobertas por agentes nocivos.
Assim, as células perdem a comunicação entre si, vão se deteriorando e a pessoa vai perdendo suas capacidades de memória, atenção, linguagem, concentração, pensamento e suas capacidades funcionais. Veja como costuma ser a evolução dos sintomas de Alzheimer.
1ª fase: sintomas iniciais de Alzheimer
As fases dos sintomas de Alzheimer se diferem pela quantidade de células doentes no cérebro. Quanto mais a doença avança e ocupa outras partes, mais capacidades são comprometidas. Basicamente são consideradas três fases de sintomas, sendo que na primeira costumam-se perceber:
- Perda moderada de memória, principalmente sobre fatos recentes, como se concentrar e manter conversas longas;
- Leve desorientação quanto ao tempo e espaço, podendo se sentir perdido em ambientes que não conhece;
- Leve dificuldade de se comunicar, esquecendo palavras do dia a dia repentinamente e nomes de pessoas conhecidas;
- Alterações de humor, inclusive por conta de todos os sintomas que já está sentindo, levando à ansiedade e irritabilidade;
- Redução do rendimento no trabalho e na vida em sociedade.
2ª fase: sintomas moderados
Mesmo que a pessoa já tenha se dado conta de que pode ter a doença, não há como evitar sua progressão. Então, todos os sintomas de Alzheimer mencionados na 1ª fase começam a se intensificar:
- A memória fica ainda mais difícil de alcançar, esquecendo-se, por exemplo, do nome das pessoas, tendo dificuldade de reconhecê-las, mas ainda sabendo quem lhe é familiar.
- Dificuldade em organizar pensamentos lógicos, podendo não conseguir terminar uma conversa ou misturar assuntos;
- Desorientação mais frequente quanto ao tempo e o espaço;
- Maior dificuldade em se comunicar e expressar, pois não consegue se lembrar das palavras que deseja utilizar;
- Mudanças no comportamento, com repetição de perguntas, inquietude, sentir cheiros, ver ou ouvir coisas que não estão acontecendo, delírios, agressividade e desinibição sexual;
- Sentimento de perda ou insegurança, com mudanças repentinas de humor, passando da tristeza à raiva sem motivo aparente;
- Alterações no sono, no apetite, problemas de coordenação motora e o início da dependência, pois já não consegue executar todas as atividades diárias com perfeição ou lembrar do que precisa ser feito. A pessoa precisa de supervisão.
3ª fase: sintomas avançados
Infelizmente, os sintomas de Alzheimer ainda podem ficar piores do que na 2ª fase, pois agora o cérebro já vai estar ainda mais ocupado pela doença. Nessa fase a pessoa não tem mais condições de ficar sozinha. Ela apresenta:
- Perda grave de memória, embora estudos apontem que a memória não desaparece, apenas fica impossível alcançá-la;
- Desorientação acentuada, sem conseguir perceber onde está e que horas são;
- Muita dificuldade em se comunicar, com falas fragmentadas e vazias, necessitando fazer gestos para conseguir expressar o que necessita;
- Dependência total para atividades, como se alimentar e usar o banheiro;
- Perda progressiva da capacidade de andar sem ajuda, de se sentar sem apoio, de manter a cabeça reta e de sorrir;
- Dificuldade para deglutir os alimentos, com isso também ocorre a perda de peso.
Que médico consultar?
A evolução da primeira para a terceira fase é muito variável em cada paciente. A média é de que uma pessoa com Alzheimer viva entre 3 a 20 anos.
Vai depender também se a doença for diagnosticada logo no início e os médicos já comecem a prescrever tratamentos que retardem os sintomas e estimulem as atividades cognitivas, mantendo a pessoa o mais ativa possível.
Então, assim que começar a perceber os primeiros sinais, seja em si mesmo ou em um parente com quem conviva, deverá o quanto antes procurar um médico neurologista. Se a pessoa já for idosa e não tiver certeza do que está sentindo, pode também ir ao geriatra. Outra opção é ir ao psiquiatra.
Como é feito o diagnóstico?
Não existe um exame único e preciso que vá diagnosticar o Alzheimer. Quando a pessoa chega ao neurologista, ele irá fazer uma série de avaliações e exames. A intenção é primeiro descartar a possibilidade de outras doenças com sintomas similares. Somente depois é que pode-se considerar a presença do Alzheimer.
O médico irá fazer isso por meio da análise do histórico familiar, exames físicos, exames de sangue e urina, testes de memória e de estado mental. Também poderá fazer exames de tomografia, ressonância magnética e eletroencefalograma para avaliar o cérebro.
O fator mais importante é que procure o médico o quanto antes para que se diagnostique e trate a doença ainda em estágio inicial, aumentando a expectativa de vida e sua qualidade.
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