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Síndrome vasovagal: saiba o que é, sintomas e como se cuidar

Você já desmaiou de repente, sem um motivo aparente, e ficou sem entender nada? Talvez você tenha essa síndrome!

Crédito: Freepik

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Por mais que a gente conheça tipos de doenças ou condições no corpo humano, há sempre mais para aprender e ficar atento. Você já tinha ouvido falar na síndrome vasovagal? Essa condição é perigosa por causa do risco de acidentes graves, e ocorre com mais frequência em adultos abaixo dos 40 anos. Raramente surge em crianças e adolescentes, mas pode acontecer com idosos.

O que é a síndrome vasovagal?

Também chamada de síncope vasovagal, síncope reflexa ou síncope neuromediada, essa é uma condição na qual provoca a diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, levando ao desmaio. A perda da consciência ocorre devido à dilatação dos vasos sanguíneos, por um estímulo inadequado do nervo vago, parte do sistema nervoso autônomo.

O nervo vago se estende do cérebro ao estômago, e é muito importante para regular diversas funções vitais. É aí, do nervo vago, que vem o nome “vagal”. Já o termo síncope, na medicina, é utilizado para descrever a perda da consciência – popularmente conhecida como desmaio.

A explicação da falha nesse nervo é dada pelo cardiologista Guilherme Fenelon, coordenador do Centro de Arritmia do Hospital Albert Einstein (SP), em entrevista ao UOL Viva Bem:

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“Quando estamos em pé, o sangue tende a se acumular nos membros inferiores. Para manter a pressão, o nervo vagal envia comandos para contrair os vasos. Diante de certos gatilhos, esses sensores dizem erroneamente que a pressão está alta. Então, os vasos dilatam, provocando o desmaio”.

Veja também: 9 Motivos que causam desmaio

Sintomas da síndrome vasovagal

Na maior parte dos casos, uma crise começa porque a pessoa ficou muito tempo em pé ou em um ambiente quente e fechado. Também pode ocorrer pelo uso de bebida alcoólica e durante uma atividade física intensa. A crise começa com fraqueza, palidez, calor, suor, náuseas, tontura, dor de cabeça e culmina no desmaio.

Algumas pessoas podem sentir disartria, que é a dificuldade para pronunciar as palavras, também podem ter formigamentos ou dormências pelo corpo durante a crise.

Depois que a crise passa (o que costuma ser rápido), algumas pessoas, especialmente os idosos, podem apresentar sintomas como desorientação, confusão mental, dor de cabeça, náuseas e tontura.

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Principal risco

A síndrome vasovagal é benigna, ou seja, não traz riscos para a saúde. Mas, traz incômodo das sensações ruins durante a crise e o risco de sofrer um acidente grave quando o corpo desmaia e cai. Esse é o maior problema e, por isso, é importante saber como prevenir.

O que causa a síndrome vasovagal?

Ainda não se conhecem as causas específicas para a síndrome, mas, existem situações que desencadeiam o estímulo errado no nervo vago, levando à queda brusca de pressão e dos batimentos cardíacos:

  • Alterações na temperatura do ambiente;
  • Ansiedade;
  • Dor;
  • Estresse emocional extremo;
  • Exercícios físicos;
  • Ficar de pé por muito tempo;
  • Medo.

Tem cura? Como evitar as crises?

Como não é uma doença, e nem se conhecem as causas exatas para o surgimento da síndrome vasovagal, ela não tem cura e nem existe um tratamento específico para evitar que as crises aconteçam. Mas, existem formas de se cuidar no dia a dia para reduzir ao máximo o risco de uma crise. Veja só:

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  • Alimente-se adequadamente;
  • Deite-se, ou pelo menos sente-se, quando começar a sentir os sintomas, para a pressão voltar ao normal;
  • Durma com a cabeça um pouco inclinada para o organismo se acostumar com o estresse da inclinação e enfrentar melhor as crises;
  • Evite ficar muito tempo em pé e em lugares abafados;
  • Mantenha-se bem hidratado;
  • Pratique atividade física regularmente (que contribui para o aumento da capacidade cardiovascular e uma melhor circulação sanguínea).

Mesmo procurando evitar, se você já sofreu com desmaios sem motivo aparente, vá ao médico cardiologista para fazer exames e descobrir se tem mesmo essa condição. Em casos severos, pode ser necessário o uso de marcapasso e medicamentos que ajudem a aumentar a pressão arterial.

Artigo com informações de UOL Viva Bem e Tua Saúde

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