É chamada de síndrome do lobisomem uma condição rara na qual crescem muitos pelos por todo o corpo. O nome médico dessa condição é hipertricose, e ela pode ocorrer com homens e mulheres, adultos e crianças. Em alguns casos os pelos aparecem logo na primeira infância, e em outros surge só na vida adulta.
Tipos de hipertricose
A hipertricose se difere pelos locais incomuns onde nascem os pelos e a característica do pelo também varia. Há casos de pessoas com mais de um tipo de pelos, e outras com apenas um dos tipos. Veja só:
- Cabelo velino: é um pelo curto que geralmente surge nas solas dos pés, as orelhas, os lábios ou as palmas das mãos.
- Cabelo lanugo: é um pelo muito fino e, geralmente, sem coloração. É comum nos primeiros dias de vida do recém-nascido, e pode desaparecer depois. Mas, se o bebê tiver hipertricose, os pelos vão ser permanentes.
- Cabelo terminal: é um pelo comprido, grosso e muito escuro, semelhante ao cabelo da cabeça. Este tipo de pelo é mais frequente no rosto, axilas e na virilha.
Causas da hipertricose
A comunidade médica ainda estuda essa condição, já que é rara. Mas, há casos registrados de hipertricose na mesma família, passando de geração em geração. Com isso, acredita-se que a condição seja uma mutação genética e hereditária.
Mas, não necessariamente vai aparecer logo na infância. Algumas pessoas desenvolvem a hipertricose só na vida adulta, por causa de desnutrição extrema, câncer ou doenças de pele que desencadeiam a síndrome do lobisomem em quem já tem essa predisposição genética.
Existe cura?
Infelizmente, não. Por enquanto, só o que se pode fazer é adotar algum método de depilação para remover os pelos temporariamente, como uso de cera depilatória, lâmina de depilação e cremes depilatórios que removem os pelos na raiz e com menos dor do que a cera.
Existe também a possibilidade de remover os pelos com depilação a laser, que é quase definitiva. Porém, esse é um método bem mais caro, exige várias sessões e não garante que os pelos nunca mais voltem ou que sejam 100% removidos.
Algumas pessoas preferem simplesmente aceitar a condição e manter os pelos aparados para não atrapalharem a rotina, pois é cansativo passar os dias se preocupando em removê-los, sabendo que logo irão nascer de novo.
Consultar o médico é o primeiro passo
Mesmo sabendo que a síndrome do lobisomem não tem cura, ao perceber o excesso de pelos no corpo, a primeira coisa a fazer é agendar uma consulta médica. Se for para criança, pode ser com o pediatra. Se for um adulto, pode ser com um dermatologista ou clínico geral. O médico dará o diagnóstico correto e ajudará na orientação sobre como conviver com essa condição da melhor forma possível.