Crianças que não sabem ouvir não. Que respondem a todos os adultos, não importa quem sejam. Desafiadoras, mandonas, imediatistas. Assim são as crianças com a síndrome do imperador. Elas dominam a casa e os pais, que têm grande dificuldade em impor limites, acreditando que estariam fazendo mal ao filho ou filha ao contrariar suas vontades.
Na síndrome do imperador, tanto a criança quanto os pais precisam de correção. Primeiro os pais, pois são eles que irão guiar a criança por outro caminho, ajudando-a a conviver com mais harmonia, a respeitar o outros, a entender que cada coisa tem sua hora.
Veja também: Ser madrasta: os desafios na relação com os enteados
A síndrome do imperador prejudica a criança
Quando uma criança começa a gritar com os pais, a exigir que sua vontade seja atendida, a bater e enfrentar, parece que ela não está sofrendo com isso.
Mas, na realidade, a síndrome do imperador é bem solitária. A criança acaba sendo excluída dos grupos de amiguinhos que não gostam de conviver com ela. Os pais estão sempre em conflito, e isso afeta a relação com a criança.
A síndrome mantêm um clima desagradável na mente da criança e nas relações que ela têm com os outros. Ela só consegue enxergar o mundo pela própria perspectiva, e está presa nisso. Está perdendo a oportunidade de dar e receber gentileza, carinho, gratidão, tão importantes para o desenvolvimento de um adulto feliz.
Veja também: Mentira das crianças: por que acontece e como lidar?
Características de uma pessoa com a síndrome do imperador
Estes comportamentos que verá a seguir não são exclusivos da síndrome do imperador, mas vários deles costumam estar presentes. Então, mesmo não tendo certeza do diagnóstico, leve a criança a um psicólogo ou mesmo ao pediatra, quando notar esses comportamentos nela:
- Irritabilidade;
- Mostra-se ingrata;
- Come só o que quer, na hora que quer e do jeito que quer;
- Não tenta objetivos frequentes na vida acadêmica;
- Reclama dos outros;
- Não entende os motivos do incômodo alheio;
- Não tem empatia, solidariedade, compaixão com os demais;
- Não aceita os ‘nãos’;
- Está constantemente ansiosa pelo novo e pelo ‘quero mais’.
Como tratar?
É importante que os pais e a criança se consultem com um psicólogo. Para a criança, é indicada a terapia cognitiva comportamental, que ajuda a mudar crenças, valores, posturas de mundo e consegue auxiliá-la a encontrar um novo estilo de vida.
Com os pais, são sessões de orientação familiar, empoderando-os para que eles se tornem capazes de serem os adultos da casa, os que têm a palavra final nas questões essenciais sobre educação, saúde e respeito.
Veja também: Síndrome da criança rica: já ouviu falar dessa “falha” na educação dos filhos?