Existem algumas doenças que provocam danos ao sistema imunológico e nervoso. Uma delas é a Síndrome de Guillain-Barré (leia-se Guilã Barrê), que surge principalmente como consequência de infecção por Zika vírus.
Para os médicos, essa síndrome é considerada uma forma de polineuropatia (afeta diversos músculos ao mesmo tempo) que causa fraqueza muscular. Essa fraqueza tem origem em uma reação autoimune causada pela síndrome, fazendo o sistema imunológico atacar o sistema nervoso.
Assim como existem casos com sintomas graves, levando à paralisia da maioria dos músculos (que pode voltar ao normal com o tempo), a Síndrome de Guillain-Barré tem tratamento para acelerar a cura. Dependendo do caso, o paciente recupera suas capacidades dentro de semanas, meses ou alguns anos.
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Sintomas da Síndrome de Guillain-Barré
A síndrome de Guillain-Barré afeta muitos nervos periféricos por todo o corpo. Os sintomas podem aparecer rapidamente e piorarem ao longo do tempo, podendo deixar a pessoa paralisada em menos de 3 dias, em alguns casos.
Mas, nem todo mundo fica com sintomas graves, apenas fraqueza muscular nas pernas e braços. Esses sintomas são o bastante para procurar ajuda médica, e ainda mais se surgirem outros, como:
- Fraqueza muscular, que geralmente começa nas pernas, mas depois atinge os braços, diafragma e também os músculos da face e da boca, prejudicando a fala e a alimentação;
- Formigamento e perda de sensibilidade nas pernas e nos braços;
- Dor nas pernas, quadril e nas costas;
- Palpitações no peito, coração acelerado;
- Alterações da pressão, podendo haver pressão alta ou baixa;
- Dificuldade para respirar e para engolir, devido à paralisia dos músculos respiratórios e digestivos;
- Dificuldade em controlar a urina e as fezes;
- Medo, ansiedade, desmaio e vertigem.
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O que causa a doença?
Como já mencionado, a infecção por Zika vírus é uma das principais causas dessa síndrome, levando a alterações no sistema imunológico que o fazem atacar o sistema nervoso periférico.
De forma mais específica, a doença ataca e destrói a bainha de mielina, que é a membrana que recobre os nervos e acelera a condução do impulso nervoso.
Assim os nervos ficam expostos e inflamados, e isso impede que o sinal nervoso seja transmitido para os músculos.
A doença também pode ser consequência de outras infecções, como pela bactéria Campilobacter, por mononucleose ou outra infecção viral (inclusive Covid-19), durante alguma cirurgia ou após uma vacina.
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Diagnóstico e tratamento
Ao notar qualquer um dos sintomas listados, que podem surgir começando pelas pernas e depois nos braços, e vai piorando em 3 ou 4 semanas, é muito importante consultar um médico para aliviar os sintomas o quanto antes e evitar sintomas graves.
Geralmente, o diagnóstico pode ser feito com base nos sintomas, mas dependendo do caso – e para confirmar com certeza – podem ser necessários alguns exames, como eletromiografia e estudos de condução nervosa, ressonância magnética, exames de sangue e uma punção lombar.
O tratamento inclui hospitalização e, se for necessário, será usado aparelho para ajudar o paciente a respirar. O tratamento começa no hospital, depois é feito em casa, com fisioterapia até que os movimentos todos voltem ao normal.
Um dos tratamentos é a plasmaférese, que consiste na filtração do sangue para remover o excesso de substâncias que podem estar causando a doença.
Tem também o tratamento com imunoglobulina que consiste na injeção diretamente na veia de anticorpos saudáveis que atuam contra os anticorpos que estão causando a doença.
A fisioterapia é indispensável, pois promove a recuperação das funções musculares e respiratórias, melhorando a qualidade de vida. O tratamento deve ser mantido por pelo menos 1 ano após a alta, já que alguns pacientes podem levar alguns anos até a recuperação total.
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Fonte: Tua Saúde / Manual MSD