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Síndrome de burnout piorou na pandemia, apontam pesquisas

As pessoas tendem a ignorar os primeiros sintomas, pois são suportáveis. Mas, pode chegar a um nível incapacitante

Crédito: Freepik

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Ministério da Saúde caracteriza a síndrome de burnout como “um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são emocionalmente exigentes e/ou estressantes”.

Antes da pandemia, milhares de trabalhadores já se sentiam assim. Tanto que a Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia adicionado o burnout à Classificação Internacional de Doenças (CID), mostrando seu crescente impacto na sociedade.

E, mais do que isso, a partir de 1º de janeiro de 2022 entrou em vigor a nova classificação da OMS para a síndrome de burnout, que passou a ser classificada como doença ocupacional, parte do CID 11.

Pesquisas mostram aumento da síndrome de burnout

Infelizmente, parece que essa alteração veio bem a calhar, pois muito mais trabalhadores vão necessitar. Quando chegaram as mudanças na rotina, causadas pela crise sanitária, a situação piorou – principalmente para os brasileiros.

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Há quem pense que deveria ser o contrário, pois muitas pessoas tiveram que trabalhar em casa e, assim, puderam evitar o trânsito e situações problemáticas que tinham no ambiente de trabalho. Mas, essa não foi a realidade da maioria.

Segundo mostrou uma pesquisa encomendada pela Microsoft no final de 2020, realizada em oito países pela empresa de análises Harris, foram os brasileiros que relataram ter maior impressão de estarem sendo afetados pela síndrome: 44% dos participantes disseram que a pandemia aumentou a sensação de exaustão no trabalho.

Outro documento, um relatório da American Psychological Association (APA), de 2021, aponta que a síndrome de burnout está em alta em todas as profissões: 79% dos norte-americanos entrevistados descrevem estresse decorrente da atividade laboral.

Aproveite e veja: Sinais da pele quando seu estresse está elevado

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Sintomas para ficar atento

Para a OMS, a principal causa da síndrome é o estresse crônico em um ambiente de trabalho mal gerenciado. Isso vale mesmo para quem está trabalhando em casa, que precisa gerenciar o trabalho e a casa ao mesmo tempo. O desafio é maior!

Nessa síndrome, o cansaço vai tomando conta, o corpo vai enviando sinais, mas a necessidade de continuar trabalhando é maior e a pessoa ignora os sintomas. Entre eles, é importante estar atento para um aumento na frequência de:

  • Esgotamento físico: deitar à noite com o corpo exausto e acordar da mesma forma, dificuldade para dar pequenas caminhadas e até para atividades simples.
  • Dores de cabeça: é como uma pressão constante, uma dor leve, gerenciável, porém incômoda, que dificulta ainda mais o dia.
  • Alterações no apetite: essa alteração pode ser mais voltada ao excesso ou à total falta de apetite, prejudicando a saúde do profissional.
  • Insônia: noites maldormidas e muita dificuldade em pegar no sono são características comuns da síndrome de burnout.
  • Problemas cognitivos: dificuldade de compreender, se concentrar e lapsos de memória podem se tornar cada vez mais comuns.
  • Problemas psicológicos: surgem sentimentos de insegurança e fracasso, agressividade, depressão, ansiedade, negatividade e falta de esperança. Podem surgir alterações de humor, sentimento de incompetência e necessidade de isolamento.
  • Problemas físicos: o organismo sofre com a presença da doença, apresentando problemas de hipertensão arterial, dores no corpo, problemas gastrointestinais e taquicardia.

Continue lendo: Síndrome de burnout: o que é, sintomas e tratamento

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