Menu

Síndrome de Borderline: características e tratamento

Os sintomas costumam surgir na adolescência, muitas vezes após algum acontecimento traumático

Crédito: Freepik

Publicidade

Chegar ao diagnóstico da Síndrome de Borderline pode ser demorado. Os sinais costumam se manifestar na adolescência, idade em que é comum os pais acharem que têm um filho muito revoltado ao invés de considerarem um problema psiquiátrico. Por falta de conhecimento dos pais ou responsáveis, muitos jovens ficam sem o devido tratamento ou recebem um diagnóstico errado de transtorno bipolar ou esquizofrenia.

O que é a Síndrome de Borderline?

Também chamada de transtorno de personalidade limítrofe, a Síndrome de Borderline é um problema de saúde psicológico e psiquiátrico no qual o paciente apresenta uma personalidade com um padrão de instabilidade constante do humor e do comportamento, com mudanças de atitude súbitas e de forma impulsiva.

Ainda não se conhece uma causa para o desenvolvimento da síndrome, mas sabe-se que as crises costumam surgir após conflitos emocionais difíceis ao longo da vida, como separações, perdas, negligência ou situações de abuso e violência.

É comum que pacientes diagnosticados com Síndrome de Borderline tenham outras comorbidades associadas, como depressão, transtorno de ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático ou transtornos alimentares.

Publicidade

Características da Síndrome de Borderline

As características mais comuns das pessoas que têm a Síndrome de Borderline são:

  • Alterações do humor que podem durar horas ou dias, variando entre momentos de ira, depressão e ansiedade;
  • Dificuldade em aceitar críticas;
  • Impulsividade e dependência por jogos, gasto de dinheiro descontrolado, consumo exagerado de comida, uso de substâncias e, em alguns casos, não cumprindo regras ou leis;
  • Insegurança em si próprio e nos outros;
  • Instabilidade nas relações, podendo causar distanciamento;
  • Irritabilidade e ansiedade que pode provocar agressividade;
  • Medo de ser abandonado por amigos e familiares;
  • Pensamentos e ameaças suicidas;
  • Sensação de solidão e de vazio interior.

Em alguns pacientes, durante uma situação de estresse extremo, podem surgir sintomas de paranoia, alucinações e episódios dissociativos, ou seja, confusão mental. Isso pode acontecer mesmo quando não existem outros transtornos diagnosticados.

Outro grande perigo é o risco de suicídio, que é 40% maior do que na população em geral. Nem sempre as ações autodestrutivas são cometidas com a verdadeira intenção de acabar com a vida, mas uma crise pode ser forte a ponto de o paciente tomar essa atitude.

Tem tratamento?

Sim, e é importantíssimo. Com o tratamento, a maioria dos sintomas tendem a diminuir e a taxa de recidiva é baixa. No entanto, a capacidade do paciente de realizar as suas atividades básicas e instrumentais da rotina não costuma melhorar muito. Então, imagina como fica a vida do paciente se a Síndrome de Borderline não for tratada.

Publicidade

O tratamento é determinado pelo médico psiquiatra após o diagnóstico, e pode envolver acompanhamento de um psicólogo. O tratamento consiste em sessões de psicoterapia associada a medicações específicas para cada caso, como antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores de humor.

Artigo com informações de Psiquiatria Paulista

Sair da versão mobile