Você já deve ter ouvido falar na história da Alice no País das Maravilhas, certo? Trata-se de um clássico da literatura infantil escrito por Lewis Carroll e publicado, originalmente, em 1865. A obra virou um dos mais conhecidos filmes da Disney, lançado em 1951 e que já ganhou versões mais modernas.
Em todas as versões, a personagem principal é uma menina chamada Alice que cai numa toca de coelho que a transporta para um lugar fantástico povoado por criaturas peculiares, onde tudo mais parece um sonho, de forma surreal.
Mas, o que isso tem a ver com a Síndrome de Alice no País das Maravilhas (SAPM)? Bem, a Síndrome tem esse nome porque é uma condição neuropsicológica que faz o paciente ter uma alteração na percepção do tamanho do seu próprio corpo e dos objetos ao seu redor.
Essa Síndrome é mais comum em crianças, embora possa surgir em adultos. Ocorrem episódios curtos nos quais a pessoa tem a impressão de que partes de seu corpo são muito maiores do que realmente são.
Esses episódios costumam ser curtos, mas assustadores o bastante para causar crises de ansiedade e de pânico, tanto pelo sintoma em si quanto pelo medo de acontecer de novo.
Causas da Síndrome
A Síndrome de Alice no País das Maravilhas é rara e, por isso, a comunidade médica não tem, ainda, uma causa definida. Os médicos que tratam pacientes com essa condição acreditam que possa haver uma conexão com a doença de Lyme, da mononucleose ou de fortes impactos na cabeça.
Tem cura?
De acordo com a pediatra Anne Weissenstein, em artigo publicado no Journal of Pediatric Neurology, “a condição não tem tratamento efetivo e provado, mas existem métodos para tentar reduzir os efeitos da condição. Casos crônicos de SAPM são raros, mas não há tratamento e há a esperança que possam desaparecer com o tempo”.
Ainda, segundo a médica, “as distorções e alucinações não são contínuas e podem aparecer durante a noite ou somente durante o dia. Por serem breves, elas causam ansiedade e pânico nos indivíduos. Entretanto, essas manifestações não são perigosas e provavelmente irão sumir depois de algum tempo”.
O que fazer se perceber os sintomas?
Se notar o sintoma da distorção do tamanho das coisas em você, ou alguma pessoa do seu convívio relatar esse sintoma, é importante ir ao médico para fazer exames.
Como essa Síndrome é mais comum em crianças, os pais podem não dar importância quando o filho pequeno relata que está vendo as coisas ou partes do corpo bem grandes, de forma assustadora. Então, se o seu filho ou outra criança lhe disser que está vendo isso, não ignore.
Como a causa pode estar relacionada com uma das doenças mencionadas, é importante descobrir se a pessoa está mesmo com alguma doença para que seja iniciado o tratamento. Assim, os episódios da Síndrome devem desaparecer.