Síndrome da cabana
Crédito: Freepik

Síndrome da cabana ganhou evidência na pandemia

A síndrome traz a sensação de que o único lugar seguro no mundo é dentro de casa, e você começa a pensar se é normal achar isso

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A síndrome da cabana é um distúrbio psicológico que surge quando a pessoa precisa se adaptar a uma nova realidade de forma rápida e, geralmente, sem que ela tenha total controle da situação. Exatamente o que aconteceu com muitas pessoas com a chegada da pandemia.

“O termo foi criado por volta de 1900, quando trabalhadores do Norte dos Estados Unidos ficavam protegidos do frio, em cabanas, durante os meses de inverno”, conta a neuropsicóloga Lucia Moyses, em entrevista ao O Globo.

“Ao sair, eles tinham dificuldade de regressar ao mundo, passavam a achar que só lá dentro estavam realmente seguros”, emenda.

É a descrição exata do que pessoas, no mundo inteiro, estão sentindo neste últimos dois anos. O impacto é maior em uns do que em outros, causando alterações significativas nas emoções e no modo de agir.

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Segundo a psicanalista Sandra Niskier Flanzer, também entrevistada pelo O Globo, casos de fobia, insônia e até distúrbios alimentares vêm aumentando por causa da pandemia. “No medo, há um objeto evidenciado; a angústia não tem objeto, é um sentimento sem palavras”, explica.

“A Covid-19 coloca o sujeito em casa, diante de suas maiores angústias, e, ao mesmo tempo, fora dela, tendo que viver com restrições. Ir para a rua melhora por um lado e não sair, por outro”, analisa a médica.

Veja também: A segunda geração da vacina contra covid está a caminho

Sintomas da síndrome da cabana

O diagnóstico dessa síndrome só pode ser feito por um profissional habilitado, como um psicólogo ou psiquiatra, pois os sintomas confundem com outras doenças. Mas, em casa, esteja atento a estas mudanças na sua forma de pensar, agir e sentir:

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  • Sentimento de angústia;
  • Perda ou ganho de apetite;
  • Inquietação;
  • Falta de motivação;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Dificuldade para dormir ou excesso de sono;
  • Desconfiança das pessoas;
  • Tristeza persistente;
  • Taquicardia;
  • Sudorese;
  • Tontura;
  • Falta de ar.

Buscando ajuda

Esses sintomas não necessariamente aparecem ao mesmo tempo. Alguns deles – como taquicardia, sudorese, tontura e falta de ar – podem nem aparecer.

Mas, de modo geral, passaram a ocorrer com mais frequência depois da pandemia, principalmente quando você está vivendo um dia não muito bom, quando as preocupações falam mais alto.

A partir do momento em que se sentir prejudicado pelos sintomas, ao ponto de não conseguir levar sua rotina normal, procure ajuda. Se não puder pagar por um atendimento psicológico ou psiquiátrico, entre em contato com as universidades da cidade que oferecem o Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) ou os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs).

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Artigo com informações de O Globo e Hospital Santa Mônica

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