Sabia que algumas pessoas fazem sexo enquanto estão dormindo? O nome dessa condição é sexônia, e é diferente de ter sonhos eróticos.
A sexônia (ou sexomnia) é classificada como um distúrbio do sono, assim como o sonambulismo comum (em que a pessoa se levanta dormindo e faz alguma atividade pela casa), a apneia do sono, o bruxismo, a insônia, a narcolepsia e outros.
Claro que, para a pessoa conseguir ter sexo com outra, essa outra precisa permitir. Então os casais que descobrem essa condição arranjam seu jeito de lidar.
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O que é sexônia?
Pessoas com essa condição têm comportamentos sexuais inadequados enquanto dormem e não lembram do que fizeram quando acordam. É como um sonambulismo, mas voltado para o comportamento sexual.
Existem vários fatores a serem analisados para o diagnóstico e tratamento mais adequado, pois não necessariamente representa a manifestação de desejos reprimidos, como muitas pessoas pensam.
De acordo com a psicóloga sexual, Michelle Sampaio, “a pessoa pode se masturbar, acariciar a parceira ou parceiro que está ao lado, manter relação sexual e até mesmo atingir o orgasmo durante o sono e não se lembrar no dia seguinte”.
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Não é a mesma coisa que ter sonhos eróticos
Qualquer um de nós pode ter sonhos eróticos vez ou outra, e é normal. Nesse caso, a pessoa pode acordar com a sensação de ter feito sexo ou tido algum envolvimento sexual, conforme o que aconteceu no sonho. Mas, no caso da sexônia, a pessoa faz sexo ou se masturba de verdade.
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É preciso conversar com o parceiro ou parceira
Muitas vezes, a pessoa que tem sexônia só vai descobrir isso quando começa a namorar e a dormir acompanhada. Ela não se lembra de nada, mas a parceira ou parceiro deve lhe contar para que saiba.
É comum haver um constrangimento, pois é muito ruim fazer sexo e não se lembrar de nada, como se estivesse muito bêbado ou sob o efeito de outras drogas mais fortes.
Só que é uma conversa necessária para que ambos aprendam a lidar, sem que essa condição atrapalhe a relação e a rotina.
Existe tratamento para sexônia
O distúrbio tem tratamento, que deve ser feito com um psicoterapeuta e com um neurologista, pois pode ser necessário usar medicamentos em alguns casos.
Michelle Sampaio esclarece que melhorar a higiene do sono pode ajudar a diminuir os sintomas: “Manter uma rotina saudável, tratar outros distúrbios do sono, controlar o abuso no uso de álcool e drogas e controlar estresse e ansiedade são práticas essenciais para quem sofre de sexônia”, finaliza.
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Fonte: Metrópoles