Ser perfeccionista tem seu lado bom. A pessoa costuma ser confiável, detalhista e comprometida, e isso é ótimo para o trabalho, os estudos e as amizades. Mas, é preciso tomar cuidado para não ultrapassar o limite e ver a vida se tornar um sofrimento.
O perfeccionismo pode se transformar em uma prisão, quando se perde o controle. Esse comportamento faz a pessoa sentir necessidade de fazer tudo da forma mais perfeita possível. Para conseguir isso, o padrão de cobrança é alto e se torna muito cansativo.
Como está sempre de olho no que não pode dar errado, a pessoa perfeccionista foca mais nos erros do que nos acertos; mais nos defeitos do que nas virtudes. E é nesse ponto que ela pode perder relacionamentos por ser exigente além da conta.
Classificação do perfeccionismo
Temos que separar as coisas: existe o perfeccionista normal, que gosta de ver tudo certinho e bem feito. Mas ele não se prejudica, nem aos outros, para conseguir isso.
Esse é o tipo de perfeccionismo saudável, que é quando a pessoa apenas possui motivação e determinação para realizar as tarefas de forma bem feita.
E existe o perfeccionista patológico, que pode evoluir dos sintomas de depressão e ansiedade, e pode ser a porta de entrada para o desenvolvimento do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
Esse é o perfeccionismo nocivo, em que a pessoa possui um padrão muito alto de perfeição, ao ponto de repetir a mesma coisa de forma exaustiva até ficar satisfeita com o resultado.
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Principais características de uma pessoa perfeccionista
Pode ser complicado para um leigo identificar como é uma pessoa perfeccionista. O motivo disso é que cada pessoa tem o próprio padrão de perfeccionismo.
Até o próprio perfeccionista pode não enxergar que tem um problema porque não considera que sua mania prejudica sua vida e a dos outros.
Se você tem essa dificuldade, veja quais são as características principais de alguém perfeccionista:
- Alto nível de exigência consigo e com os outros;
- Duvidar da qualidade do trabalho realizado;
- Não aceitar críticas com facilidade, mas criticar os outros para demonstrar que é melhor;
- Não admitir erros e falhas, sentindo culpa e vergonha além do normal;
- Ter responsabilidade e determinação em excesso;
- Sempre achar que falta alguma coisa, sentimento constante de insatisfação;
- Sentir dificuldade em trabalhar em grupo, já que não consegue acreditar na capacidade dos outros;
- Enxergar os erros como fracassos irreparáveis.
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Quando buscar ajuda profissional?
Pode chegar a um ponto em que a pessoa perfeccionista não consegue mais viver em paz com ela mesma.
Quando o perfeccionismo atrapalha a rotina e os relacionamentos, é hora de se consultar com um psicólogo ou psiquiatra para descobrir a origem desse comportamento e como melhorá-lo.
O tratamento pode ser feito com terapia cognitivo-comportamental. Dependendo do caso, pode ser necessário usar medicamentos, como para depressão ou ansiedade, que ajudam a pessoa a ter mais qualidade de vida e se tornar menos dependente do seu perfeccionismo.
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