Estudo afirma que o segundo filho pode vir a apresentar mais problemas de comportamento, em determinadas circunstâncias, do que o primogênito. A chegada de um novo filho sempre vem carregada de expectativas e medos, mas qual é a realidade?
Veja algumas ideias no estudo abaixo.
Segundo filho pode ter mau comportamento
De acordo com um estudo publicado por uma equipe de pesquisadores americanos, a ideia de que o segundo filho tende a ser mais problemático pode ter seu grau de verdade.
Para encontrar este resultado, foram analisados os relatórios escolares de crianças dos Estados Unidos e da Dinamarca, além de questões judiciais de ambos os países. A análise mostrou que estas crianças tender a ter um comportamento com pelo menos 20% mais chances de receber orientações com relação ao comportamento na escola.
Conheça o estudo
Durante 5 anos, os pesquisadores acompanharam diversas famílias, tanto na Dinamarca quanto nos Estados Unidos. Foram eliminados os gêmeos, pois a pesquisa tinha foco somente em filhos de gestações diferentes.
Para colher os dados, foram utilizados os registros escolares – somente a quantidade, pois os detalhes das ocorrências foram omitidos para a segurança das informações das crianças. Também utilizaram registros de ocorrências judiciais, a fim de determinar se as crianças acompanhadas gerariam algum tipo de transtorno nessa área.
Tendo essa delimitação em mãos, os pesquisadores buscaram compreender se o segundo filho pode realmente ter mais problemas de comportamento do que o primeiro. Veja o que eles encontraram.
Resultados
De acordo com os pesquisadores, foram encontrados indícios de que realmente os filhos mais novos podem apresentar problemas de comportamento. Segundo eles, isso acontece principalmente porque as famílias tendem a ter um maior tempo de qualidade com o primeiro filho, o que não acontece com o segundo, em geral.
Para eles, como parte das mães acabam tendo que voltar mais cedo ao mercado de trabalho, dado o aumento do custo de vida. Dessa forma, a educação do segundo filho se torna mais difusa, com a influência de outros fatores.
Para os pesquisadores, o segundo filho vai mais cedo do que o primeiro para a escola ou creche, tendo menos tempo com os pais. A exposição a outros valores, modos de se comportar e atenção dividida dos professores/cuidadores, faz com que as correções e orientações não sejam os mais adequados.
Isso leva a um aumento da chance de ter mau comportamento, não sendo assim um fator genético e sim social.
Conclusão do estudo
De acordo com os pesquisadores, a ausência de ambos os pais durante boa parte do tempo na formação em uma idade delicada faz com que aumentem as chances de mau comportamento. Dessa forma, as incidências de registros escolares e legais podem ser maiores para o segundo filho.
Isso acontece pois ele teve menos tempo de qualidade para absorver e aprender os valores e comportamentos familiares. Inserido em um grupo heterogêneo e sem a devida orientação focada, ele acaba se tornando mais suscetível a ações fora do padrão comportamental.
Assim, eles fazem uma sugestão fantástica para resolver o problema a longo prazo: aumentar o tempo de licença paternidade e maternidade, para que assim as crianças possam ter uma educação de melhor qualidade.
Dessa forma, pode assegurar um melhor futuro, não somente para elas, mas também para a sociedade como um todo.
Interessante, não é? Com crianças mais educadas se faz um país mais educado e respeitoso, onde a diversidade é esperada e a diferença de opinião não é motivo para embates mortais.
Aproveite todo o tempo que tiver com seus filhos com essas brincadeiras antigas!
Como lidar com o mau comportamento
Por mais que se dedique tempo e esforço, pode acontecer de, em um momento ou outro, aparecer aquela birra ou outra forma de mau comportamento.
Seja com o segundo filho ou com os outros, as técnicas são as mesmas. Então, leia, reflita sobre e veja quais dicas se adaptam à sua forma de educar.
A primeira coisa a prestar atenção é a causa do mau comportamento. Será que não é sono, fome, cansaço, calor, dores ou outras causas? Resolvendo a causa, acaba a birra.
Se for somente um descontrole, você deve ensinar à criança de que não é aceitável, com a técnica que achar mais adequada.
Lembre-se que as vezes é difícil para você, como um ser humano já adulto, se controlar diante de dificuldades da vida. Imagine para a criança que ainda não consegue controlar bem seus sentimentos e ações? Ao mesmo tempo, isso não é motivo para panos quentes. A educação é necessária e deve ser feita com amor e firmeza.
O primeiro passo é sempre o diálogo, com as devidas adaptações para a idade. Para uma criança de dois anos basta um “isso machuca”, “isso me deixa triste”. A medida em que cresce, os argumentos devem ficar mais complexos, pois elas já têm capacidade para compreender.
Nem sempre somente o diálogo resolve. Então, veja algumas dicas para disciplinar em momentos de crise.
Dicas para disciplinar crianças
É sem dúvidas a parte mais chata e cansativa de ser pai e mãe, mas é também tão importante quanto dar amor. Na realidade, é uma forma de amor, pois está assegurando um melhor futuro para sua criança. Acompanhe!
1. Tenha regras claras
Chega uma idade em que as crianças já compreendem o que é certo ou errado (ou seja, suas regras). Que tal deixar isso por escrito ou até mesmo em forma de desenhos?
Explique cada imagem ou regra e montem juntos o quadro. A participação e compreensão do porquê de cada uma é fundamental. A educação pelo amor e parceria gera adultos mais saudáveis do que pelo medo e autoritarismo.
Veja um exemplo de quadro de regras para crianças pequenas:
2. Ensine ação e consequência
A vida é assim e não se tem escapatória. Toda ação empreendida, tem sua reação proporcional. E não estamos falando somente da física!
A criança deve ser preparada para a vida real, aquela fora da bolha de amor e proteção de casa. Assim, é importante que ela entenda que toda ação tem uma reação. Se ela machucar alguém, esse alguém vai se sentir triste ou pior. Se ela não comer bem, pode ficar doente. Se ela desobedecer as regras da casa, assim como na vida, podem haver reações.
Ficar sem assistir ao desenho, fazer um passeio ou outra coisa considerada como extra são boas formas de ensinar ação e reação. Porém, a educação positiva costuma dar melhores resultados a longo prazo, considere então fazer um quadro de recompensas semanais.
Assim você incentiva o bom comportamento e desencoraja o mau comportamento.
3. Mantenha sua palavra
De nada adianta prometer e não cumprir. Se disse que iria levar para tomar um sorvete, leve. Se disse que ficaria sem desenho, respire fundo, aguente a reclamação e deixe sem o desenho.
Você é o modelo e o porto seguro da criança, se ela não pode confiar em sua palavra, em quem acreditaria? Isso leva ao próximo tópico.
4. Prometa o que pode cumprir
Dizer que vai deixar um mês sem televisão e ceder em dois dias é perder totalmente a confiança da criança. Então que tal limitar de forma justa e que você tenha condições de controlar.
O mesmo se aplica a recompensas.
5. Seja o exemplo
Muito mais do que você diz, é o que você faz que ensina. Como você quer que ela peça por favor, se nunca ouviu você falar?
Como quer que ela cumprimente as pessoas, se você passa pelo porteiro do prédio ou pelos funcionários do colégio sem dar um “oi”? Seja o modelo ideal que você espera da sua criança que tudo fica mais fácil.
Concorda com as dicas? Deixe sua opinião nos comentários!