Até os anos 1990 ouvia-se falar muito do sarampo, uma doença que afetava principalmente crianças. Ela é provocada por um vírus que causa sintomas de estágio leve ao grave. Mas nos últimos 15 anos pouco ouviu-se falar do sarampo porque as campanhas de vacinação foram intensificadas até que a doença fosse erradicada, apenas com registros isolados.
Entretanto, em 2018 novos casos surgiram em Rondônia, no Amazonas, no Rio de Janeiro e no Rio Grande Sul até julho, gerando alerta na população de todo o país. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que quem não tomou a tríplice viral na infância deve tomar agora, exceto bebês abaixo de um ano, gestantes e pessoas com baixa imunidade. Conheça quais são os sintomas da doença, as formas de transmissão e de tratamento.
6 Sintomas do sarampo
O vírus do sarampo não pega leve nos sintomas, que começam parecendo uma gripe, mas se não procurar um médico para ter certeza do que é, pode avançar de forma grave. Veja quais são:
1. Sintomas comuns da gripe
Os sintomas iniciais lembram os da gripe, como nariz escorrendo, tosse persistente, rouquidão, espirros e inflamação nas mucosas da região respiratória. Também causa irritação nos olhos, com vermelhidão, dor e lágrimas.
2. Febre e dores pelo corpo
Depois de mais ou menos 3 dias do aparecimento dos sintomas iniciais o paciente vai ter febre, de moderada a alta, conforme a resistência imunológica de cada um. Junto com esse sintoma surgem dor de cabeça e muscular, redução do apetite e mal estar geral.
3. Lesões nas mucosas
Passadas de 12 a 72 horas do início dos sintomas podem começar a aparecer pequenas feridas esbranquiçadas dentro da boca, semelhantes a aftas.
4. Erupções avermelhadas
O sintoma mais conhecido do sarampo são as inúmeras bolinhas vermelhas pelo corpo, que podem coçar e arder. Elas costumam aparecer primeiro na cabeça e vão descendo e se espalhando pelo corpo todo.
5. Conjuntivite, infecção no ouvido e diarreia
Depois de passar por todos os sintomas mencionados, a doença ainda se agrava. As manchas vermelhas escurecem e descamam, febre e tosse diminuem, mas aparecem conjuntivite, infecção no ouvido e diarreia.
6. Pneumonia e lesão cerebral
Há também o risco de desenvolver pneumonia, infecção e lesão cerebral, levando à convulsões. Em especial nas crianças abaixo de 5 anos e em pessoas com imunidade comprometida, esses sintomas podem ser fatais.
Como é a transmissão?
A facilidade em transmitir e contrair a doença é a mesma de uma gripe por se tratar se um vírus que fica vivo no ar tempo suficiente para alcançar outra vítima. Pode-se pegar sarampo estando no mesmo ambiente de uma pessoa com a doença que irá tossir, espirrar, falar ou respirar perto. O compartilhamento de objetos pessoais não higienizados também provoca a transmissão.
Então, em uma casa que tenha alguém infectado, todos estão correndo o risco de contrair, a menos que já tenham sido vacinados ou que já tiveram a doença. Quem for afetado pelo vírus poderá levar até duas semanas para perceber sintomas, pois esse é o tempo de incubação. Esse fator é perigoso, pois mesmo não sabendo que está com a doença é possível transmitir.
Tratamento disponível
Assim que se detectam os primeiro sintomas, mesmo parecendo uma gripe, deve-se procurar ajuda de um clínico geral, dermatologista, infectologista ou pediatra. Até mesmo se achar que esteve com uma pessoa infectada é recomendado ir ao médico devido ao tempo de incubação da doença sem apresentar sintomas.
Para detectar a presença do vírus é feito um exame de sangue, no qual observa-se a movimentação de anticorpos agindo para combater o vírus e outros exames, de acordo com os sintomas apresentados.
A boa notícia é que o sarampo tem cura, e quanto antes for tratado, melhor. Porém, não existe um tratamento específico. O que pode ser feito é amenizar os sintomas e fortalecer o sistema imunológico para que o vírus seja combatido mais rapidamente.
Dependendo do caso são receitados medicamentos, além de suplementação de vitamina A, ingestão de líquidos, chás para aliviar sintomas de problemas respiratórios, alimentação saudável e repouso.
As dicas deste artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado. E para obter os resultados mencionados também é preciso aliar a uma vida e alimentação saudável e equilibrada.
Fonte: Fundação Oswaldo Cruz