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Entenda como a Rússia pretende reagir às sanções impostas ao conflito com a Ucrânia

Estados Unidos e OTAN lideram a lista de represálias contra Putin

Crédito: Reprodução Google

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A crise entre Rússia e Ucrânia ganhou novos contornos no começo de 2022. Com a decisão de Vladimir Putin de invadir a Ucrânia, sanções políticas e econômicas foram tomadas para tentar dissuadir o presidente russo de começar um bombardeio e ocupar as terras do leste europeu com centenas de milhares de soldados.

Entenda o conceito:

Sanção é uma medida coercitiva econômica ou militar adotada por vários países em conjunto, para forçar uma nação que viola o direito internacional a desistir de suas ações. Considere o cenário acima e se pergunte: “Putin poderia desistir pacificamente depois de uma boa conversa?”. A resposta é NÃO, e, por isso, a Rússia começa a sofrer represálias de vários países. Veja o que se sabe até agora sobre a tentativa de parar a Rússia.

Estados Unidos – o presidente americano Joe Biden assinou uma ordem que estipula que qualquer instituição do setor financeiro da Rússia seja alvo de novas sanções, penalizando dois dos bancos estatais da Rússia, com ativos de US$ 80 bilhões. O plano inclui o congelamento de todos os ativos desses bancos sob as jurisdições dos EUA e movimentação de dinheiro da elite russa e seus familiares, bem como de líderes civis. Mais de 80% das transações cambiais da Rússia e metade de seu comércio é realizado em dólares americanos.

Reino Unido – o departamento de Relações Internacionais anunciou sanções contra cinco bancos e três bilionários russos, do ramo de petróleo e gás. “Restringiremos a capacidade do Estado russo e das empresas russas de arrecadar fundos em nossos mercados, proibir uma série de exportações de alta tecnologia e isolar ainda mais os bancos russos da economia global”, declarou Liz Truss, secretária de RI.

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Alemanha –  Olaf Scholz, chanceler alemão, anunciou a suspensão do processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2, da Rússia. O projeto de US$ 11,6 bilhões aumentaria a dependência da  energia russa, trazendo um impacto direto nos preços da energia na Europa Ocidental.

União Europeia – os 27 países do bloco anunciaram sanções destinadas a 351 políticos russos que votaram pelo reconhecimento das duas regiões separatistas na Ucrânia. A medida também atinge 27 autoridades e instituições russas dos setores bancário e de defesa, limitando o acesso de Moscou ao capital da U.E. e aos mercados financeiros.

Ucrânia – o parlamento ucraniano aprovou a imposição de sanções a 351 russos, incluindo parlamentares que apoiaram o reconhecimento da independência de territórios controlados pelos separatistas e o uso de tropas russas no leste da Ucrânia. As sanções restringem quase todos os tipos possíveis de atividades, em particular a proibição de entrada na Ucrânia, e proíbem o acesso a ativos, capital, propriedade e licenças para negócios.

Como a Rússia pretende superar as retaliações?

Desde a incorporação do território da Crimeia, a Rússia reconheceu a necessidade de se fortalecer economicamente, para reduzir a dependência ao dólar e criar um sistema financeiro à prova de sanções. Hoje, as reservas cambiais e de ouro contabilizam mais de US$ 600 bilhões, que podem ser usados para sustentar a moeda russa e amortecer o choque das sanções.

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Além da reserva financeira, a Rússia tem trabalhado para tornar seu mercado independente da Europa. Para isso, firma negócios bilionários com a China – por exemplo, um acordo de petróleo e gás de US$ 117,5 bilhões que consolidou o relacionamento econômico entre os países. Com padrões históricos semelhantes e tendo os EUA como adversário comum, não é de se estranhar que a aliança China-Rússia impulsione o jogo de interesses.

Veja também: Guerra entre Rússia e Ucrânia: entenda a crise entre os países

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