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Salmonella: o que é, formas de contaminação, sintomas e tratamento da doença

As enfermidades causadas pelo grupo de bactérias Salmonella são consideradas um dos problemas mais graves de Saúde Pública em todo o mundo.

Crédito: Haley Hamilton/Unsplash

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Há pouco mais de um ano um grupo brasileiro de distribuição de carnes enfrentou um escândalo de grandes proporções devido à presença de Salmonella em seus alimentos. O fato deixou muitas pessoas assustadas e chamou a atenção para essa doença bacteriana, bastante perigosa devido à rápida progressão dos sintomas quanto não tratados. Entenda como ela age e como evitá-la.

O que é Salmonella?

A Salmonella é um gênero de bactérias que pertence à família Enterobacteriaceae e que provoca a doença salmonelose no ser humano. O cientista Daniel Elmer Salmon foi o primeiro a associar a doença com a bactéria, há mais de 100 anos, e por isso ela recebeu esse nome.

O Ministério da Agricultura aponta que são conhecidos mais de 2.500 tipos da doença, que é encontrada em produtos de origem animal ou vegetal e no meio ambiente. Segundo o órgão, os tipos mais importantes dentro são a Salmonella Enteritidis e a Salmonella Typhimurium, que são transmitidas aos seres humanos. Outros tipos de bactérias, mais comuns em animais, são a Salmonella subterranea e Salmonella bongori.

As enfermidades causadas por esse grupo de bactérias móveis são consideradas um dos problemas mais graves de Saúde Pública em todo o mundo.

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Sintomas de infecção por salmonella

Na grande maioria dos casos, a transmissão se dá por via oral. No processo, a bactéria passa pelo estômago, onde se multiplica e atinge as células do intestino, provocando os seguintes sintomas:

  • Diarreia (com sangue, em alguns casos);
  • Dor abdominal;
  • Náuseas e vômitos;
  • Febre;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça.

O período de incubação varia de oito a 48 horas após o contato com a bactéria. Se não for tratada, a salmonelose pode evoluir para outras doenças mais graves, que também são provocadas pelos tipos mais comuns de Salmonella:

  • Febre entérica ou febre tifoide: causa fraqueza, dor de cabeça, pressão alta e dores abdominais e musculares. A doença perdura por até oito semanas, e a taxa de mortalidade associada é alta, principalmente em regiões pobres. O tratamento é feito com antibióticos, mas o estado de saúde do portador fica afetado por vários meses;
  • Enterocolite: provoca vômito, diarreia, febre, náuseas e dores abdominais, sintomas
    que desaparecem após cinco dias. É mais comum quando o alimento que gerou a contaminação apresenta elevadores teores de gordura;
  • Gastroenterite: inflamação gastrointestinal que atinge o estomago e o intestino delgado
    e que provoca os mesmos sintomas da enterocolite. É também chamada de gripe intestinal, pois se manifesta por mais ou menos duas semanas;
  • Septicemia ou sepse: consequência da infecção por Salmonella, que pode ser gerada quando o corpo dá uma resposta agressiva e acaba danificando os tecidos e
    órgãos. É potencialmente fatal.

Origens da contaminação

Crédito: Unsplash

A forma mais comum de transmissão é o contato com animais infectados ou o consumo de alimentos crus ou mal cozidos contaminados com fezes. Até mesmo o consumo de água contaminada pode levar à doença.

É importante lembrar que a carne, os ovos e o leite são frequentemente contaminados com fezes dos animais durante a produção, principalmente pela falta de práticas de higiene corretas. Os alimentos de origem animal que oferecem maior risco são as carnes de aves (principalmente frango e peru), leite não pasteurizado e seus derivados e água.

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No entanto, mesmo os vegetarianos e veganos não estão livres da infecção por Salmonella, uma vez que frutas, ervas aromáticas e especiarias também podem ter contato com fezes contaminadas de animais durante o cultivo.

Outra fonte de transmissão comum são equipamentos e superfícies usados no processamento de alimentos, desde os industriais até os domésticos, quando não são limpos e desinfetados da maneira correta.

Fatores de risco

Quem tem animais de estimação em casa corre o risco de ter contato com a bactéria presente nas fezes, principalmente répteis, já que a maioria possui o parasita em seu sistema. Outros fatores de risco envolvem imunidade baixa, idade (crianças e idosos são mais suscetíveis), anemia, menor acidez gástrica, gravidez, leucemia e AIDS.

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Prevenção

Como a defesa é a melhor estratégia para combater doenças e infecções, recomenda-se adotar as seguintes medidas:

  • Evitar o consumo de carne crua e mal passada;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumir, principalmente a carne de frango;
  • Lavar frutas, verduras e legumes antes de comer
  • Higienizar todos os equipamentos utilizados para o preparo das refeições, além de lavar as mãos com frequência;
  • Cozinhar bem os ovos e evitar o consumo de pratos que levem ovos crus, como gemada e maionese caseira;
  • Não consumir leite não pasteurizado;
  • Lavar bem as mãos após contato com répteis e evitar a presença desses animais em casas com crianças.

Diagnóstico e tratamento da salmonelose

Somente um exame de fezes poderá confirmar se o paciente está infectado pela Salmonella. O médico deverá, ainda, solicitar um exame de sangue e informações detalhadas sobre o histórico de saúde, sobre hábitos alimentares e sobre últimas refeições do paciente.

Os tipos mais comuns da doença são tratados com medicação adequada, repouso e hidratação para repor as perdas pela diarreia. Pacientes que desenvolvem bacteremia (quando as bactérias afetam outros órgãos), devem ser tratados com antibióticos e, em alguns casos, internação.

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Se o médico constatar vários casos de infecção por Salmonella transmitidos por alimentos e líquidos contaminados em um período curto de tempo, a Vigilância Sanitária deve ser informada, pois pode haver um surto.

As dicas deste artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado. E para obter os resultados mencionados também é preciso aliar a uma vida e alimentação saudável e equilibrada.

Veja no vídeo abaixo alguns mitos e verdades sobre essa bactéria:

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