Salmão de viveiro está repleto de antibióticos e mercúrio. Veja aqui como saber se seu salmão é seguro!

Quando foi a última vez que você comeu salmão?

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Nós comemos este saboroso peixe pelo menos uma vez por semana, por um lado por causa de seu sabor versátil, e por outro porque é uma fonte suprema de vários nutrientes raros, que aumentam o desempenho do organismo. É também fácil de cozinhar. Você pode até mesmo comê-lo cru se comprar um peixe bom.

E vale a pena comprar um peixe bom porque, tal como a carne, nem todos os salmões são criados de forma igual. Geralmente, o sabor, o teor de gordura e a composição nutricional do salmão dependem de onde e como ele passou sua vida. Vamos dar um mergulho mais profundo (sem trocadilhos) no mundo do salmão. Você vai aprender sobre todos os compostos poderosos deste delicioso peixe, como escolher o melhor salmão, e como cozinhá-lo perfeitamente.

Astaxantina: o pigmento natural antienvelhecimento

A cor diz muito sobre comida e, no salmão, não é exceção. Olhe para as duas imagens abaixo:

1 salmão 2

O salmão à esquerda é o salmão-vermelho selvagem, capturado no Alasca. O salmão à direita é de viveiro.

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O salmão-vermelho conta com uma gratificante cor vermelha, bem robusta. Esta é a cor com que o salmão deve ser parecido. A cor do peixe de viveiro nem sequer se compara. É tão pálida que você quase que podia dizer que o peixe devia estar doente.

A diferença de cor é graças à astaxantina, uma molécula vermelha brilhante encontrada em algas, plâncton e krill. Este material é poderoso. A astaxantina:

  • É um potente antioxidante e anti-inflamatório.
  • Melhora o fluxo sanguíneo.
  • Protege suas mitocôndrias, reforçando suas membranas celulares mantendo longe espécies prejudiciais ao oxigênio.
  • Aumenta a produção de energia mitocondrial.
  • Aumenta sua resistência em mais do que 50%, quando utilizado como um suplemento, de acordo com um estudo. O estudo foi patrocinado por uma companhia de suplementos de astaxantina, portanto não assuma este resultado de forma literal. Dito isto, o estudo também foi aleatório e controlado por placebo, e tinha um bom número de participantes.

O salmão selvagem é abundante em astaxantina por causa de sua dieta –  o salmão-vermelho come quase exclusivamente plâncton rico em astaxantina. O salmão de viveiro come ração que não contém astaxantina natural, por isso seus criadores adicionam uma versão sintética. A maioria da astaxantina comercial vem de petroquímicos como o carvão, e não é quimicamente idêntica à astaxantina natural.

Outros componentes de alimentos para peixes incluem óleos de farinha de peixe e peixes que estão em risco de contaminação de dioxinas e mercúrio. Nos últimos anos, os criadores têm tentado diminuir a contaminação por metais pesados, substituindo a farinha e o óleo de peixe por soja e proteína de milho ou óleo vegetal. Contudo, a verdade é que os salmões não são feitos para comerem soja e milho e por isso, a qualidade de sua carne cai (veja as imagens acima) e os criadores têm, frequentemente, de administrar antibióticos para mantê-los saudáveis. Os óleos vegetais também diminuem o teor de ômega 3, contido na carne de salmão e podem introduzir nele toxinas de bolor.

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Resumindo e concluindo, não coma salmão de viveiro. Mantenha-se fiel às variedades selvagens capturadas.

O teor de mercúrio no salmão

O que aprendemos sobre alimentação de salmão foi desolador. Aqui está uma boa notícia: a FDA e a EPA ambos estudaram a contaminação por mercúrio em peixes e, o salmão selvagem capturado tem sido consistentemente atribuído a um muito baixo risco de contaminação por mercúrio. Eles consideram seguro comer várias vezes por semana este salmão.

Qual é o melhor tipo de salmão selvagem?

A verdade é que a resposta certa depende dos nutrientes que você pretende consumir.

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O salmão-vermelho tem um alto teor de astaxantina, de colesterol e de vitamina D porque tem uma dieta invulgar de plâncton quase exclusiva. Seus hábitos alimentares únicos tornam-nos extremamente difíceis de reproduzir em viveiro, de modo a que o salmão-vermelho é basicamente sempre selvagem. Este peixe é também rico em ômega-3 e tem um sabor forte. É ótimo para você e é muito saboroso fumado.

O Rei salmão, por outro lado, tem quase duas vezes mais ômega-3 do que quaisquer outras espécies de salmão. Este salmão prefere águas profundas e frias. Os ômega 3 extras mantêm-no quente e a gordura permanece líquida em seu sistema, impedindo o congelamento. Ao contrário do salmão-vermelho, o rei salmão pode ser criado em viveiro, por isso convém você se certificar da sua origem.

O salmão-prateado é outra opção forte. Tem a terceira maior concentração de gordura em salmão, vindo atrás do rei salmão e do salmão-vermelho. O salmão prateado tem também um respeitável teor de vitamina D e uma dose sólida de ômega-3.

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Salmão-vermelho, rei salmão e salmão prateado são todos excelentes escolhas, desde que eles sejam selvagens e capturados. Cada um tem um sabor específico, por isso adquira aquele que você preferir.

Como cozinhar seu salmão

O salmão fumado tem um gosto maravilhoso! A desvantagem é que a carne de fumar produz histamina, que pode causar inflamação se você é sensível a ela. Experimente provar algum salmão fumado e veja como ele faz você se sentir. E opte por salmão defumado a frio, se você conseguir encontrá-lo. A temperatura mais baixa preserva melhor o ômega-3.

Quando você comprar os seus salmões, experimente a receita deliciosa que iremos partilhar com você. A sua simplicidade permite que o sabor rico do peixe se realce e o ácido do suco de limão elimina a gordura.

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Salmão Assado em papel vegetal – Receita para duas pessoas

O salmão é um dos alimentos mais perfeitos, isto se você souber cozinhá-lo. Se cozinhar demais, não ficará bem.

Nesta receita, você vai ver a olho se o salmão está bem cozido. Pois só assim conseguirá manter o ômega-3 do seu peixe.

Ingredientes

  • 2 filés de salmão selvagem (225 gramas cada)
  • 1 colher de chá de óleo de coco
  • Sal marinho
  • 1 colher de sopa de margarina sem sal
  • 1 colher de sopa de ervas frescas picadas (como cebolinha, salsa, ou aneto)
  • Fatias de limão, para servir

Como preparar:

  1. Pré-aqueça o forno a 160°C.
  2. Coloque o salmão em um pedaço de papel manteiga numa assadeira.Esfregue os filés com óleo de coco e tempere com sal marinho e com a manteiga.
  3. Enrole o pergaminho ao redor do peixe, dobrando as costuras e aconchegando bem para garantir que o vapor não se escapa.
  4. Asse o peixe em forno médio, durante 18 minutos.Polvilhe com as ervas e sumo de limão.
  5. Bom apetite!

A partir de agora, tenha sempre atenção ao peixe que compra. Evite o consumo de peixes contaminados com metais pesados.

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