É fato que cada vez mais os jovens brasileiros estão demorando para sair da casa dos pais. Mas que fatores estão contribuindo para isso? Qual é, afinal, a hora certa de dar esse passo tão importante na vida pessoal e mesmo profissional?
Os brasileiros estão adiando, cada vez mais, a saída da casa dos pais
Os motivos são os mais variados, mas a maioria deles envolve razões financeiras. Afinal, não é que os jovens brasileiros não queiram sair de baixo das asas dos pais. Eles querem sua independência e querem muito seu espaço, mas, em termos financeiros, isso ainda é muito caro para uma grande parcela da população jovem do Brasil.
Embora esses jovens ingressem cada vez mais cedo no Ensino Superior e no mercado de trabalho, o retorno financeiro que têm não é suficiente para que se sustentem durante o período em que estão solidificando sua carreira. Afinal, há muitos números aí que devem ser levados em consideração.
Embora muitos ajudem nas contas de casa quando moram com os pais, o gasto nesse sentido é muito pequeno. Pelo menos se comparado ao gasto que teriam se morassem sozinhos. Aluguel, contas de água, luz, gás e internet, alimentação, transporte. E, por vezes, há a mensalidade da faculdade, que não costuma ser nada barata.
Por isso, se antes os jovens brasileiros costumavam deixar a casa da família na faixa dos 20 aos 30 anos, agora isso já mudou. Muitos esperam até os 30 ou mesmo 35 anos para dar esse passo importante. No fundo, é uma questão de segurança financeira e não algo relacionado ao emocional ou mesmo à maturidade.
Apesar de essa geração ser conhecida como “geração canguru”, eles não querem ser vistos como pessoas presas aos pais. É meramente, como dito há pouco, uma questão de estratégia.
Pesquisa feita nos Estados Unidos corrobora o fato
Uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center confirma o atraso dos jovens adultos em sair da casa dos pais. De acordo com os dados do estudo, em torno de 32% dos jovens adultos entre os 18 aos 34 anos nos Estados Unidos continua na casa dos pais. E, surpreendentemente, o número de jovens da mesma idade vivendo em casal, está diminuindo.
Nota-se, portanto, que nos Estados Unidos, pelo menos, há uma certa dependência emocional desses jovens em relação aos pais. Apenas 14% dos entrevistados dessa faixa etária vivem sozinhos, o que é um número bastante baixo.
O que fazer quando os filhos saem de casa?
Para os pais que veem seus filhos sair de casa, independente da idade deles, é importante dar suporte emocional. Muito mais do que apoio financeiro, o que os filhos precisam é que os pais estejam presentes para que não se sintam, de fato, sozinhos. Afinal, morar sozinho não significa que o laço, o convívio e o amor com pai e mãe se perdeu.
É importante também buscar não pressionar os filhos em nenhum sentido. Nem force-o a tomar a decisão de sair, tampouco implore para que não saia. Deixe que o jovem sinta que está no controle de sua vida.
