O mundo ainda não é como previa o filme ‘De Volta para o Futuro’, mas já se pode contar com um toque de ‘Os Jetsons’. Chegou no país o primeiro robô que faz cirurgia vascular, ajudando não somente os pacientes, mas principalmente os médicos.
Existem leis de proteção às mais diversas profissões, mas algumas acabam ficando mais sobrecarregadas. Esse é o caso dos médicos que fazem cirurgias como a angioplastia, visando o desentupimento de artérias danificadas.
Atualmente, a angioplastia é extremamente segura para o paciente, com uma taxa de sucesso de quase 100%. Porém, tanto o médico quanto o instrumentista acabam se expondo a uma imensa carga de radiação. Isso porque toda a cirurgia é monitorada via raios X, sendo que cada uma dura por volta de três horas.
Para o paciente, claro que não é nada interessante, mas será feito somente uma vez e pronto. Já a equipe médica faz diversas cirurgias ao dia, todos os dias. Além do excesso de radiação, os médicos precisam vestir coletes de proteção que pesam mais ou menos 7 quilos. Imagine um peso desses por três horas, sendo que você teria que trabalhar inclinado.
É uma situação complicada, principalmente para quem já sofre com algum problema de coluna. E se não tem ainda, pode vir a desenvolver, pois não é nada ergonômico. Porém a ciência resolveu a questão, pois o robô Corindus CorPath GRX foi desenvolvido exatamente para resolver esse problema.
Robô faz cirurgia vascular
O Hospital Albert Einstein importou um robô fantástico, sendo o primeiro na América Latina. Ele foi desenvolvido para fazer cirurgias como a angioplastia com maior segurança, seja para o paciente, seja para o médico.
Um ponto favorável desse equipamento é que o médico que irá operar seus comandos ficará em uma sala ao lado, sem se expor à radiação constante. Além disso, a visibilidade e precisão é muito maior com o mesmo, devido ao seu painel detalhado, levando também à proteção do paciente.
Isso porque ele não tem que receber tantas doses de contraste na veia, já que o robô sabe exatamente onde colocou o cateter. Reduz também a quantidade de stents na artéria, tornando o processo mais barato e seguro. A manipulação pelo médico responsável também é mais precisa, com o auxílio de equipamentos.
Isso sem contar com a eficiência do processo. O que você acha que seria melhor, um médico cansado, com 7 quilos nas costas, em pé por 3 horas. Ou um médico concentrado no resultado, focando na cirurgia em si e não nos fatores adversos? Sem dúvidas uma grande vantagem para ambas as partes.
Inicialmente, ele será utilizado para os casos mais complicados, como artérias calcificadas ou zonas de bifurcação. Porém, com o tempo ele pode ir sendo direcionado também aos casos mais simples, a medida em que a equipe médica já estiver treinada.
Esse procedimento certamente não será nada acessível inicialmente. Porém, à medida em que a tecnologia for avançando, o preço tende a diminuir. Nessa fase inicial, estará disponível só no sistema privado.
Essa novidade foi trazida para o país em uma parceria entre o hospital Albert Einstein e o Ministério da Saúde. Isso aconteceu através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi SUS). O objetivo é de que se consiga implementar futuramente na rede pública, para atendimento da população.
Veja esse vídeo em inglês (ative as legendas para português) e veja como é o equipamento.