depressão pós-parto
Crédito: Freepik

Exame de sangue pode indicar o risco de depressão pós-parto

É ótimo para iniciar o tratamento antes que a doença se manifeste

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De acordo com o Ministério da Saúde, a depressão pós-parto é uma condição que afeta as mulheres logo após o nascimento do bebê.

Essa condição traz sentimentos de profunda tristeza, desespero e desesperança com relação ao bebê, à maternidade e à vida de modo geral.

Pode acontecer mesmo que, durante a gestação, a mulher esteja se sentindo bem, preparada para ser mãe, e mesmo que já tenha outros filhos.

Veja também: Sintomas e tratamento para depressão pós-parto

Até então, ainda havia algumas dúvidas sobre as causas e sua prevenção. Mas, cientistas do Instituto Van Andel e da Universidade Estadual de Michigan acharam, no sangue de mulheres grávidas, 15 marcadores biológicos que podem prever em até 83% o risco de depressão durante a gestação ou no pós-parto.

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A pesquisa, que foi publicada no periódico Translational Psychiatry, publicação da renomada revista científica Nature, mostrou que as gestantes podem sofrer de um tipo específico de depressão induzida por inflamação.

Isso pode acontecer porque a gravidez gera uma série de alterações no corpo feminino e uma delas ocorre no sistema imunológico, que muda para facilitar o desenvolvimento do feto.

Essas modificações provocam flutuações na produção de fatores pró-inflamatórios e interferem, por exemplo, nos níveis de triptofano, um aminoácido essencial que está ligado ao combate da depressão e ansiedade.

Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), explicou a’O Globo Saúde que “a gravidez é um evento inflamatório. Essas inflamações vão aumentando de acordo com a evolução da gravidez. Esse processo desencadeia algumas substâncias que podem aumentar o risco de depressão. Quanto mais fortes são as inflamações, mais substâncias que levam à depressão são produzidas”.

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Agora, com essa descoberta, será possível melhorar alguns cuidados durante o pré-natal. Para o especialista, “criar um exame desses não é algo complexo de se fazer. Esse tipo de teste só não existe ainda porque ninguém nunca tinha estabelecido uma relação desses marcadores biológicos com a depressão. A partir de agora, será possível sim fazer esta dosagem no sangue, observar se as concentrações estão alteradas e prever se a gestante tem mais risco de desenvolver a depressão. E, em caso positivo, já iniciar o tratamento repondo alguns nutrientes e vitaminas e, nos casos mais graves, até mesmo usar antidepressivos”.

Veja também: Gestantes vacinadas têm bebês com anticorpos contra Covid

Fonte: O Globo Saúde

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