O retinoblastoma é um tipo de câncer de retina que afeta crianças. Os pais devem estar atentos aos sinais e sintomas junto com o pediatra, desde o nascimento do bebê. Assim é possível identificar o tumor e iniciar o tratamento, de acordo com o tipo de câncer. Saiba mais sobre essa doença, suas características, sintomas e como é feito o tratamento.
O que é retinoblastoma?
Retinoblastoma é um câncer que surge na retina imatura dos bebês. Ocorre em 1/15.000 ou 1/30.000 nascidos vivos e representa cerca de 3% dos tumores em crianças.
A maior parte dos casos ocorre em crianças com menos de 2 anos de idade, podendo surgir em um ou em ambos os olhos.
A boa notícia é que, quanto antes for diagnosticado e iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura sem deixar sequelas na visão.
Para os pais pode ser complicado perceber os sintomas, já que o bebê não consegue demonstrar se está com alguma dificuldade para enxergar.
É por isso que se faz o teste do olhinho logo após o nascimento, e os pais devem exigir, pois é essencial para identificar precocemente e tratar a doença.
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Sinais e sintomas
O teste do olhinho é a principal forma de identificar qualquer alteração na visão do bebê, logo quando ele nasce (na maternidade ou na primeira consulta com o pediatra).
Mas, os pais também devem observar em casa, ao longo dos primeiros 5 anos de vida da criança, se encontram algum destes sinais:
- Reflexo branco no centro do olho, especialmente nas fotos com flash;
- Estrabismo em um ou ambos os olhos;
- Alteração da cor do olho;
- Vermelhidão constante no olho;
- Dificuldade para enxergar, que faz com que o bebê tenha dificuldade para perceber e agarrar objetos próximos.
Causas do retinoblastoma
A doença pode ser hereditária ou não. Quando ocorre nos dois olhos, é sempre hereditária. Quando ocorre em apenas um olho, pode ser hereditário ou uma alteração devido a uma mutação aleatória, surgindo mesmo quando não existe histórico da condição na família.
Se um dos pais teve retinoblastoma na infância, deve informar ao obstetra ainda durante a gestação, pois o risco de transmitir essa mutação para o bebê é alto.
Então, assim que ele nascer, o médico estará atento à necessidade de fazer o exame do olhinho e conversar com os pais sobre o tratamento, em caso de diagnóstico positivo.
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Tratamento
A forma de tratamento vai depender do grau de desenvolvimento do câncer. Na maioria das vezes, ele é identificado ainda no início e o tratamento pode ser feito com uma pequena cirurgia, em que é utilizado um pequeno laser ou um jato gelado (crioterapia) para destruir as células do tumor. Essas duas técnicas são feitas com anestesia geral.
Se o câncer estiver mais evoluído, afetando outras regiões próximas ao olho, pode ser necessário realizar sessões de quimioterapia para reduzir o tumor e só depois é feita a cirurgia, com menor risco.
No caso de não ser possível reduzir o tumor, pode ser necessário fazer uma cirurgia de remoção do olho, evitando que o câncer continue crescendo.
Depois, a cada 2 ou 4 meses, é necessário refazer os exames oftalmológicos de ambos os olhos e, se houver necessidade, também repetir o tratamento.
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Artigo com informações de Manual MSD e Tua Saúde