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Novo medicamento é criado para reparar danos no cérebro e na medula

Após resultados positivos nos testes em laboratório, o medicamento está sendo melhorado para que sejam feitos testes em humanos

Crédito: Freepik

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Os tratamentos atuais para doença de Alzheimer, epilepsia e paralisia são realizados para melhorar a qualidade de vida do paciente, mas essas condições não têm cura.

Ao menos não tinham, até a divulgação de um novo medicamento capaz de reparar danos no cérebro e na medula espinhal, que são a causa desses problemas.

O que esse medicamento faz é restaurar as conexões perdidas entre os nervos, e assim, melhorar a memória, a coordenação motora e os movimentos do corpo.

O autor do estudo que trouxe essa maravilhosa novidade a público é o neurocientista Dr. Radu Aricescu, do Laboratório de Biologia Molecular MRC, em Cambridge, que trabalhou com sua equipe junto de outros cientistas na Alemanha e no Japão.

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Depois de obterem resultados surpreendentes nos testes com camundongos e células cultivadas em laboratório, o estudo foi publicado na revista Science, que é uma das grandes referências para artigos científicos no mundo.

Como funciona o medicamento

A base desse medicamento é uma proteína sintética capaz de criar uma “ponte molecular” e restabelecer as ligações neurais que estavam destruídas por causa da doença de Alzheimer, da evolução da eplepsia ou de acidentes que deixam as pessoas parcial ou totalmente paralisadas.

Essa proteína sintética se chama CPTX, e ela imita a proteína natural chamada cerebelina-1, que fica localizadas em partes chamadas sinapses, que cumprem a função de conectar os neurônios transmissores e receptores de informação entre o cérebro e o corpo.

O melhor resultado

De acordo com os cientistas, um resultado impressionante foi conquistado com testes na em lesões na medula espinhal. Depois de uma única injeção do medicamente, após oito semanas, as funções motoras retornaram.

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“Criamos uma molécula que acreditávamos que ajudaria a reparar ou substituir as conexões neuronais de uma forma simples e eficiente. Ficamos muito encorajados pela forma como funcionou bem nas células e começamos a olhar para modelos de camundongos de doenças ou lesões onde vemos uma perda de sinapses e degeneração neuronal”, disse o Dr. Radu Aricescu.

Melhora nos casos de Alzheimer

Os testes feitos com camundongos que apresentavam sintomas de Alzheimer também foram promissores. Quando essa doença está no seu estágio inicial, as sinapses são perdidas, levando à morte de neurônios e a uma sequência de sintomas neurodegenerativos.

“Em nosso laboratório, estudamos o efeito da CPTX em ratos que exibiam certos sintomas da doença de Alzheimer e descobrimos que melhorou o desempenho da memória dos ratos”, disse o co-autor do estudo, professor Alexander Dityatev, do Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas de Bonn.

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Testes em humanos

Com os resultados positivos obtidos nos testes de laboratório, agora os cientistas estão criando novas versões mais estáveis da proteína CPTX para que tenham um resultado mais prolongado.

A próxima etapa é fazer testes com essa proteína em humanos para, de fato, confirmar a eficácia desejada do medicamento e poder oferecer uma solução transformadora na vida dos pacientes com doenças neurodegenerativas e paralisias.

“Nosso estudo sugere que o CPTX pode até fazer melhor do que alguns de seus análogos naturais na construção e fortalecimento de conexões nervosas. Assim, a CPTX poderia ser o protótipo de uma nova classe de medicamentos com potencial clínico… Nossa abordagem pode levar a tratamentos que realmente regeneram as funções neurológicas”, concluiu o Dr. Aricescu.

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