Um grande problema enfrentado pela medicina atual é o tratamento de bactérias que criam biofilmes. Elas são muito mais resistentes ao antibiótico e normalmente, a causa de amputações em pessoas com diabetes. Porém, ao pesquisar e testar a receita de um remédio da Idade Média, a Universidade de Nottingham, no Reino Unido, conseguiu encontrar a solução perfeita.
Primeiro de tudo, é importante entender que esse biofilme funciona como um plástico que envolve a célula, sem deixar que o remédio trate a doença. Ele é composto por bactérias interligadas em comunidades que formam uma matriz por fora da célula, tornando-a impermeável. Ou seja, ela não irá receber o tratamento e a bactéria poderá se multiplicar ainda mais.
Esse remédio ajuda a combater exatamente esse biofilme, com “atividade bactericida que se estende a (…) Acinetobacter baumannii, Stenotrophomonas maltophilia, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Streptococcus pyogenes”. Ou seja, é um poderoso antibiótico, com ação eficaz e de baixo custo.
A receita tem mais de mil anos e tem como ingredientes o alho, cebola, vinho e sais biliares. Esse último é o único que não é possível encontrar em casa, sendo um produto comprado em farmácias ou lojas de suplementos. Eles são retirados da bile do boi e é um medicamento comum para quem tirou a vesícula.
Novamente, a natureza mostrando sua eficácia contra males que, ainda hoje, atormentam a ciência. Agora é esperar para ver se a Universidade irá desenvolver algum medicamento comercializável, para que todos possam aproveitar seus benefícios, sempre com responsabilidade e orientação médica.