Em declarações recentes, durante evento do Sebrae, em Brasília, o presidente Michel Temer veio assegurar que a aprovação da reforma da Previdência da autoria do governo “não vai tirar direito de ninguém”. O propósito das medidas em tramitação no Congresso é evitar que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entre em ruína.
Medidas prometem salvar a Previdência do colapso
De acordo com o próprio, essa reforma vem “salvar a Previdência do colapso, salvar os benefícios dos aposentados de hoje e dos jovens que se aposentarão amanhã”. Para serenar o ânimo dos muitos protestos que se levantaram, afirma ainda que “quem tem direito já adquirido, ainda que esteja no trabalho, não vai perder nada do que tem”.
Novas medidas geram protestos
A reforma da Previdência provocou uma onda de protestos, por todo o Brasil. Só na região metropolitana de São Paulo, a circulação do metrô e do ônibus sofreu perturbações durante o início da manhã.
Entre as novas medidas, encontra-se a criação de uma idade mínima de aposentadoria (65 anos). Outra que vem gerando polêmica é o cumprimento de 49 anos de trabalho para garantir o acesso integral aos benefícios do INSS.
Temer reforça a necessidade de uma mudança séria
O texto que foi enviado ao Congresso ainda poderá sofrer alterações. Mas, de acordo com Temer, é urgente fazer uma mudança séria para que futuramente não sejam tomadas medidas drásticas. Uma reforma mais “leve” iria colocar o Brasil em uma situação de mais fragilidade. Pois em 4 ou 5 anos teriam de ser feitos mais cortes e gastos mais agressivos.
Para ilustrar a situação, utilizou as crises vividas pela Grécia, Espanha e Portugal. Nas palavras do presidente, “ou fazemos uma reformulação da Previdência agora – é claro, poderá haver uma ou outra adaptação, o Congresso é que está cuidando disso –, mas não podemos fazer uma coisa modestíssima agora para daqui há quatro ou cinco anos termos que fazer como Portugal, Espanha, Grécia ou outros países, que tiveram que fazer um corte muito maior porque não preveniram o futuro”.
A Previdência do Rio de Janeiro é outra de suas principais referências. Temer a identifica como a culpada pela situação fiscal desse estado. Defende por isso que, sem a reforma, o governo federal terá que implementar “restrição absoluta” para suportar as dificuldades financeiras e o aumento do rombo do INSS. Até porque a Lei de Responsabilidade Fiscal a União não pode fazer empréstimo nem prestar qualquer tipo de auxílio sem que sejam definidas contrapartida dos estados.
Reforma irá ser reconhecida mais tarde
Temer acredita que apesar do desagrado inicial, as medidas se mostrarão eficazes. O reconhecimento chegará mais tarde, posteriormente. Dispensa as ovações das medidas populistas. Garante que essas se revelam “um desastre absoluto. As medidas populares não têm aplausos imediatos, mas têm o reconhecimento posterior”.
O presidente espera que as novas medidas tenham impacto no desemprego. Algo que se fará notar no último trimestre do ano. O programa do Sebrae, por exemplo, em parceria com o Banco do Brasil, contratou 310 bancários aposentados com mais de 60 anos. A sua função é a de consultoria a pequenos empresários que procuram crédito. Foi no fecho do evento que Temer revelou que aceitaria a sugestão do presidente do Sebrae, Guilherme Afif, para a criação de um programa para incentivar a contratação de trabalhadores com mais de 60 anos.
Decréscimo do desemprego e da inflação
Temer assegura que a inflação e o risco país estão diminuindo. A produção industrial mostra também sinais de recuperação. Sobre esse assunto, refere, que “por vezes esquecemos que perdemos o grau de investimento há tempos atrás. Estávamos a 570 pontos, o risco Brasil, hoje estamos a 270 pontos. Mais um pouquinho e voltamos a obter o grau de investimento”.
Para ficar sabendo mais sobre esse assunto, assista a esse vídeo:
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