Recentemente, seis farmacêuticas fizeram o recolhimento de vários lotes de ranitidina contaminada. Isso porque queriam evitar intoxicação com componente cancerígena presente em sua composição. Diante disso, surge a dúvida: quem tomou esse medicamento deve se preocupar?
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Entenda o que houve
Os renomados laboratórios Medley, Aché, SEM, Legrand, Nova Química e Germed recolheram uma quantidade significativa de lotes de ranitidina contaminada. A notícia deixou muitos consumidores preocupados, pois é relativamente comum o seu uso.
Esse remédio atua normalmente para o tratamento de azia, úlceras estomacais ou de duodeno. Porém, essa versão estava contaminada com nitrosamina, um componente que é capaz de ser uma das causas do surgimento de um câncer.
Por conta desse risco, esses laboratórios recolheram os lotes. Porém, essa não foi a primeira vez que isso aconteceu. Em 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) suspendeu a importação desse componente utilizado no medicamento. Para quem tomou, fica a dúvida: haverá consequências?
Quais são os riscos da ranitidina contaminada?
Para que você não se preocupe demais, é importante lembrar que essa foi apenas uma medida preventiva, não sendo algo extremamente prejudicial. Afinal, nem todos os remédios vendidos estavam assim, sendo apenas alguns lotes contaminados. E o que aconteceria com quem tomou do lote contaminado?
Mesmo nesse lote específico, não há grande risco para a saúde, tendo um risco menor do que 1% para o surgimento de um câncer, em casos de o remédio ter sido tomado por muitos anos. Ou seja, caso você tenha tomado em momentos esporádicos – e não por anos – o risco é desprezível.
Para que se tenha uma ideia, ao fumar um cigarro, beber refrigerante ou até mesmo comer enlatados com frequência, o risco de ter câncer aumenta. Portanto, não se preocupe com as consequências por ter ingerido ocasionalmente um possível lote contaminado.
O que fazer
Caso você tenha problemas gástricos frequentes e faça uso dessa medicação de maneira contínua é importante que pare de utilizar a ranitidina. Por isso, consulte o médico e veja quais remédios ele pode propor para substituir esse medicamento específico.
Por isso, com a remoção desses lotes do mercado, é esperado que haja maior controle sobre esse medicamento, para evitar outro erro desse tipo. Mesmo assim, é importante que você também se previna, optando por medicamentos produzidos por outra empresa.
Finalmente, para evitar que haja dúvidas adicionais, você pode conversar com o seu médico e até mesmo contatar as empresas responsáveis por fabricar esse remédio. No mais, não é necessário desespero caso você tenha ingerido algum desses lotes, bastando uma consulta com o médico para “aliviar a consciência”.