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Rancor também poderia ser considerado doença?

Confira se esse sentimento muito comum no cotidiano de muitas pessoas é pior do que você imagina

Crédito: Freepik

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Você tem aquela pessoa chata em sua vida que só de estar perto já incomoda? Há pessoas que realmente não têm como se dar bem com você, seja por características dela ou porque vocês não se combinam. Porém, guardar rancor não é a solução, já que ele pode te fazer muito mal. Daí surge a pergunta, se ele provoca tanto mal, seria uma doença?

Ter rancor pode ser considerado doença?

Há um velho provérbio chinês que diz que quando você atira uma brasa fervente em uma pessoa, a única certeza que há é que você vai se machucar. Afinal, você pode errar a mira, algo pode desviar ou ela pode até apagar. Por outro lado, há a certeza de que a sua mão queimará com a temperatura dessa brasa.

É assim que funciona com o rancor, pois você acumula esse sentimento negativo internamente, sem demonstrar para a pessoa. Então, a pessoa não será afetada de maneira nenhuma por isso, mas certamente você será bastante afetado. E isso pode refletir não somente no seu humor, mas também no corpo físico.

Como o rancor atua no físico?

Quando se guarda essa sensação negativa, há o aumento da produção de um hormônio relacionado à raiva: o cortisol. O aumento abrupto e frequente do cortisol é extremamente negativo para o organismo, gerando problemas como a constrição das artérias que, consequentemente, geram a elevação da pressão arterial.

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Além disso, uma pessoa com altas taxas frequentes de cortisol é mais propensa a adquirir vírus distintos, já que o seu sistema imune fica mais fraco. Assim, pode-se dizer que se o rancor não for considerado uma doença, ao menos ele pode ser considerado a porta de entrada para adquirir uma.

Como o rancor atua na mente?

Conforme um viés psicanalítico, guardar rancor é altamente negativo e é um dos objetos de estudo dessa abordagem, já que consiste na repressão de fatos no inconsciente. Assim, ao guardar esse sentimento negativo de determinadas pessoas, há a tendência de que você reprima com o tempo esse fato.

Essa repressão no inconsciente fará que você não tenha consciência desse problema e que alguns de seus comportamentos possam ser modificados por conta desse fato reprimido. Logo, guardar rancor também é negativo para a sua saúde mental.

O que fazer?

A principal dica para se livrar do rancor é buscar se conhecer e, se necessário, ir ao psicólogo. Esse é o profissional adequado para te guiar no caminho do autoconhecimento e te disponibilizar uma moldagem de circunstâncias propícias e mecanismos internos, para que você possa superar esse sentimento negativo.

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Ele irá te ensinar como lidar com seus próprios pensamentos e se tornar uma pessoa mais consciente de suas pulsões. Como atividades complementares ao psicólogo, poderão ser indicadas as que propiciam relaxamento e controle ou sublimação dessa sensação maléfica que propicia a liberação de cortisol:

  • Meditação;
  • Natação;
  • Yoga;
  • Pilates;
  • Artes marciais.

Vale destacar que essas atividades não substituem a ida a um profissional especializado, sendo apenas atividades complementares ao psicólogo. Assim, o primeiro passo é muito importante: reconhecer que guardar rancor é um problema e pode ser a porta de entrada para diversos problemas fisiológicos e psicológicos e em seguida, agir.

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