A vacina contra a covid-19 finalmente chegou. Ainda vai levar algum tempo para que todas as pessoas possam ser vacinadas, e enquanto isso é importante saber que alguns grupos de pessoas não podem tomar a vacina.
Gestantes e puérperas
De acordo com o infectologista Leonardo Weissmann, da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), praticamente todas as pessoas poderão receber a vacina. No entanto, ainda não há estudos conclusivos sobre a segurança e eficácia na vacina em gestantes e mulheres que acabaram de ter bebê.
“Acredita-se que, talvez, essas vacinas não vão ser um problema. Porque nós já temos outras vacinas de vírus atenuado [usadas por gestantes]. Mas por enquanto a recomendação ainda é não usar a vacina”, explicou Weissmann, ao R7.
Crianças e adolescentes
Da mesma forma, as análises das vacinas em crianças e adolescentes ainda não foram concluídas. Na maioria dos países, a imunização foi liberada só para pessoas acima dos 18 anos.
Pessoas com alergias severas
Além desses grupos, também estão sendo estudados os efeitos da vacina em pessoas com alergias severas. É comum que reações alérgicas aconteçam em pessoas com essa predisposição, não apenas com a vacina da covid-19, mas com qualquer tipo de vacina ou medicamento.
A preocupação nesse sentido surgiu após casos de choque anafilático com a vacina da Pfizer/BioNTech, feita de RNA mensageiro, que levou à emissão de um alerta por parte do governo britânico. Mas, nesse primeiro momento, esses imunizantes não serão usados no Brasil.
Pessoas que devem tomar a vacina
Fora esses grupos de risco mencionados, todas as demais pessoas devem ser vacinadas, incluindo idosos, portadores de doenças crônicas, pacientes em tratamento de câncer, pessoas HIV positivo, transplantados e com doenças autoimunes (reumatológicas).
Quanto às pessoas que já foram infectadas pelo coronavírus e se curaram, o infectologista recomenda que se vacinem também. O motivo é que existem estudos que comprovam que o efeito da imunidade deixado pela covid-19 é temporário, e pode ser de curta duração.
A vacina também tem essa questão. Ainda não se sabe por quanto tempo ela pode manter as pessoas imunizadas.
Mas, de qualquer forma, é melhor prevenir e passar um tempo imunizado, pois durante esse período será mais fácil realizar o gerenciamento da pandemia em todas as esferas. Os hospitais terão menos infectados para internar, e o perigo do contágio nas ruas e estabelecimentos será reduzido.
As pessoas que estiverem infectadas entre a primeira e segunda doses da vacina, deve tomar o reforço do mesmo jeito.
“Não é imediato que a pessoa toma a vacina e já está imune. Pode acontecer de a pessoa tomar a vacina e já ter tido contato com o vírus ou ter o contato logo em seguida. Mas deve tomar a segunda dose normalmente”, finalizou Weissmann.
Crédito da reportagem: R7