fobia
Crédito: Freepik

Como saber quando um medo comum se torna fobia?

A fobia não é frescura nem falta de coragem, mas sim um transtorno que requer tratamento, pois afeta a qualidade de vida

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Sentir medo e insegurança em determinadas situações é normal e diferente de sentir fobia. Algumas pessoas gaguejam, tremem e suam quando precisam falar em público.

Outras, se assustam e gritam quando veem um determinado animal. Há também quem sinta frio na barriga, vertigem e coração acelerado quando está a muitos metros de altura e olha para baixo.

Não tem nada de errado com isso, pois são reações diante do desconhecido e até do risco de morte, no caso de uma queda de altura ou ataque de um animal perigoso.

Agora, quando o medo e a insegurança viram fobia, os sintomas são bem mais intensos e a qualidade de vida da pessoa é prejudicada, principalmente quando é uma fobia a algo que ela precisa enfrentar com frequência.

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O que é fobia?

A fobia é um transtorno de ansiedade que leva a pessoa a sentir um medo irracional diante de determinada situação em que não há um perigo real. Ela sente uma ansiedade descontrolada e desproporcional à situação em si.

As fobias podem ser por várias coisas, como certos animais, altura, elevador, sangue, além das fobias complexas, como de interação social. A pessoa desenvolve um senso de perigo irrealista ou exagerado sobre algo, o que a impede de lidar racionalmente quando é exposta à situação.

O que causa uma fobia?

As causas das fobias variam. Algumas pessoas passam por traumas na infância muito fortes, outras sofrem uma alteração cerebral, há também fatores genéticos e ambientais, conforme as experiências de vida de cada um.

Tudo isso é levado em conta na hora de fazer o diagnóstico, afinal, nem todo mundo que sofre um trauma vai desenvolver uma fobia. Então, é uma questão bastante particular que exige um tempo de investigação por meio de tratamento psicológico ou psiquiátrico.

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Diferença entre medo e fobia

Em uma situação de medo é comum tremer, suar frio, o coração e a respiração aceleram, o cérebro entra em um estado de alerta para enfrentar ou fugir de algum perigo. Mas logo passa, pois a pessoa encontra rapidamente uma forma de lidar.

Na fobia, esses sintomas também acontecem, só que de forma mais intensa e descontrolada. Pode ser difícil explicar o que o corpo manifesta em uma fobia. É como se o cérebro desencadeasse uma necessidade imediata se de livrar daquela situação a qualquer custo.

Quando a pessoa está segura, longe da situação de fobia, ela pode até concordar que tem reações exageradas e que o motivo de sua fobia não vai causar sua morte ou algo terrível. Mas basta ser exposta à situação da fobia que a capacidade de raciocinar sobre isso desaparece.

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A fobia leva a pessoa a sentir uma ansiedade e um medo persistentes e incontroláveis, mesmo diante de uma situação que não requer uma reação desse tipo.

Tipos mais comuns de fobias

Os sintomas podem variar conforme o tipo de fobia e da intensidade que a pessoa lida com a situação que lhe causa fobia. Veja quais são as mais comuns:

  • Claustrofobia: medo de estar em locais fechados e apertados, como elevadores, ônibus muito cheios ou cômodos pequenos.
  • Aracnofobia: medo exagerado de estar perto de aracnídeos.
  • Ofidiofobia: medo irracional de cobras e serpentes.
  • Coulrofobia: medo irracional de palhaços.
  • Acrofobia: medo exagerado e irracional de locais altos como pontes, varandas e terraços de edifícios altos, com ou sem proteção.
  • Fobia social: também chamado de transtorno de ansiedade social, é o medo exagerado de interagir com outras pessoas, seja um desconhecido ou várias pessoas ao mesmo tempo, ainda que não seja obrigada a interagir diretamente.
  • Agorafobia: medo de sair sozinho, de estar em locais, sejam abertos ou fechados, medo de usar transporte público, de estar em meio a uma multidão ou até de estar em filas.
  • Tripofobia: repulsa ao ver ou encostar em objetos ou imagens que tenham buracos, como esponjas, plantas, favos de mel.
  • Aerofobia: medo de voar, não só de avião, mas de qualquer transporte aéreo.
  • Glossofobia: medo irracional de falar em público.
  • Hematofobia: medo exagerado e irracional de ver sangue.

O que fazer?

Seja qual for o tipo de fobia, é um ponto fraco que sempre vai atrapalhar a vida da pessoa. Claro, é pior quando a fobia ocorre por certa situação que ela precisa enfrentar com frequência.

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Se não for tratada, uma fobia pode levar a problemas sérios, como isolamento social, depressão e outros transtornos que se desenvolvem como uma forma de proteção à situação que causa fobia, como transtorno obsessivo compulsivo.

Em todo caso, ao passar por uma situação de medo ou repulsa descontrolada sobre algo, recomenda-se agendar uma consulta com um psicólogo ou psiquiatra para começar a investigar a causa e saber qual é o grau da fobia.

O tratamento vai depender do diagnóstico. Pode ser com medicamentos e psicoterapia ou só psicoterapia, de acordo com a necessidade de cada paciente.

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Em casos severos, pode ser necessário fazer uso de antidepressivos e tranquilizantes para reduzir a reação diante da situação de fobia.

Conforme o tratamento não medicamentoso (psicoterapia) avança, e o paciente apresenta melhora, os medicamentos podem ser reduzidos até não haver mais necessidade de usá-los.

Atenção: As dicas desse artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado.

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Veja também: Como ter pensamento positivo?

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