Psicoterapia
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Psicoterapia, psicanálise e psiquiatria: qual é a diferença?

Já caiu por terra o mito de que tratamento psiquiátrico e psicológico é coisa pra pessoas loucas. Ainda bem!

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Temas relacionados à saúde mental estão muito populares, sobretudo durante a pandemia, que trouxe uma onda gigante de problemas na vida das pessoas. Agora, ouvimos com mais frequência termos como psicoterapia, psicanálise e psiquiatria, que podem ajudar a lidar com os nossos conflitos internos. Mas, primeiro é importante saber diferenciar estas coisas.

Terapia: o que você precisa saber antes de iniciar o tratamento

Psicoterapia

Popularmente chamada de terapia, a psicoterapia é o tratamento que utiliza dos conceitos da psicologia para tratar questões emocionais por meio da escuta e conversa.

A psicoterapia pode ser realizada tanto por psicólogos quanto por psiquiatras. Conforme explica Tiago Ravanello, psicólogo, psicanalista, pós-doutor em psicologia clínica, mestre e doutor em teoria psicanalítica e professor da UFMS:

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“Práticas psicoterápicas têm uma tendência a estabelecer uma relação entre o eu do terapeuta e o eu do paciente como o ponto central para a conquista de objetivos, mudanças de padrões comportamentais, promoção do autocuidado ou tomada de consciência sobre determinados aspectos das relações humanas”.

Existem diferentes tipos de psicoterapia, que cada profissional vai utilizar conforme julgar útil, de acordo com a necessidade de cada paciente. Alguns exemplos são a terapia cognitivo-comportamental, comportamental, terapia de esquemas, Gestalt, terapia humanista e existencial.

Veja também: 5 Sinais de que você precisa de terapia

Psicanálise

A psicanálise, criada pelo médico neurologista Sigmund Freud, envolve técnicas e teorias que visam possibilitar desenvolvimento mental. É parecido, mas ao mesmo tempo diferente da psicoterapia. Primeiro, a semelhança:

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Tanto na psicoterapia quanto na psicanálise, existe um elemento chamado “transferência”, ou seja, um canal de comunicação através do qual o analisando projeta em seu analista elementos de seu próprio consciente.

Isso leva a um sentimento de melhora ou intensificação dos sintomas nos atendimentos iniciais.

E fazendo uma observação, por isso que é tão importante que estas duas pessoas envolvidas no tratamento tenham afinidade, mesmo que só depois de algumas consultas.

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A grande diferença entre os tratamentos é que a psicanálise é mais intensa do que a psicoterapia. A análise, para ser bem conduzida e trazer resultado, exige mergulhar fundo na própria mente, no próprio corpo, no seu ser! É mais “pesado”.

Nesse sentido, psiquiatras, psicólogos e psicanalistas recomendam primeiro fazer terapia. Quando estiver preparado, e se quiser, faça a psicanálise.

Conforme explica Marta Foster, psicóloga, psicanalista e membro efetivo, docente, analista didata e secretária geral da SBPSP (Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo):

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“Para que haja desenvolvimento mental, precisamos nos aproximar de estruturas psíquicas, funcionamentos mentais que necessitam serem percebidos pelo próprio paciente, pois sem percepção não há desenvolvimento possível”.

Aproveite e veja: Terapia primal: gritar pode ajudar a aliviar o estresse e a raiva?

Psiquiatria

A psiquiatria não é um tratamento, mas sim, uma especialidade médica que trata dos transtornos da mente.

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Os médicos psiquiatras estudam os problemas mentais que necessitam de um tratamento psicofarmacológico (os psicotrópicos).

Geralmente o tratamento com medicamentos é associado à psicoterapia, que pode ser conduzida pelo próprio psiquiatra ou por um psicólogo.

Aproveite e veja: Psiquiatra: o que faz esse médico e quando recorrer a ele?

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Fonte: UOL Viva Bem

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