Depois de inúmeros estudos, a conclusão foi unânime: apostar em estudos de prevenção contra o câncer de mama, como a mamografia, não estava trazendo resultados. Muitas mulheres continuavam a morrer em decorrência do câncer já em estágio avançado.
Estudos realizados no Canadá indicam que tanto mulheres que se cuidam e fazem o exame de mamas periodicamente tem a mesma probabilidade de morrer de câncer quanto as que não fazem a mamografia anualmente.
Descoberta que pode mudar tudo
Diante desse cenário assustador, Lynne Archibald, fundadora do Laço – associação de apoio a mulheres com câncer de mama, decidiu mudar o rumo da instituição. Segundo ela, somente com dinheiro é que os resultados aparecem. E a melhor maneira de diminuir a taxa de mortalidade de mulheres com câncer avançado é dar apoio à ciência, financeiramente falando.
Uma das bolsistas da associação Laço, Diana Gaspar, cientista do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes descobriu em laboratório, depois de 3 anos de projeto, que a proteína PvD1, extraída do grão do feijão, consegue impedir que o cérebro seja invadido por células tumorais. A investigadora conta que checou as capacidades antitumorais da proteína depois de ter conhecido um estudo feito no Brasil sobre fungicidas do PvD1.
Diana também descobriu que a proteína interfere na capacidade das células tumorais chegarem à barreira que protege o cérebro. O estudo foi feito com equipamentos avançados da medicina e todos os custos foram pagos pela associação Laço. Depois da grande descoberta da proteína do feijão, a associação e o Instituto de Medicina Molecular criaram o Fundo IMM-Laço, em apoio a pesquisas relacionadas ao câncer de mama.
Apesar da notícia esperançosa, a cientista Diana Gaspar explica que ainda há muitos testes e análises a serem feitos, e o caminho é muito longo. A pesquisadora disse que consumir muito feijão não fará diferença na prevenção do câncer de mama. Ela também afirmou que em um futuro não muito distante, é provável que o feijão possa ser vendido concentrado em comprimidos.
O vídeo abaixo mostra como o tratamento contra o câncer de mama evoluiu:
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